A setorial da RMC (Região Metropolitana de Campinas) da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) pedirá aos prefeitos das cidades da região liberação para que bares e restaurantes possam permanecer na fase amarela do Plano São Paulo entre os dias 1º e 3 de janeiro. Conforme determinação do Estado, nestes dias, deve vigorar a fase vermelha, quando somente serviços essenciais podem funcionar.
De acordo com informações da Abrasel, a entidade já encaminhou ofício ao prefeito de Campinas, Jonas Donizetti (PSB), fazendo o pedido, e nessa terça-feira deve encaminhar a todos os prefeitos da RMC.
A associação destacou que, durante o feriado do Natal, quando também vigorou a fase vermelha, 20 cidades contrariaram o Estado e mantiveram a fase amarela. A esperança da entidade é que os prefeitos da RMC façam o mesmo.
Na semana passada, o prefeito de Americana, Omar Najar (MDB), afirmou que concorda com as novas restrições porque notou “abusos” por parte da população ao se aglomerar em bares.
De acordo com a Abrasel RMC, o setor registrou crescimento de 4,5% em 2019, após dois anos de recessão, mas vai fechar 2020 com um quadro totalmente adverso, com queda de 60% nas vendas e faturamento. A associação aponta que o mês de dezembro, por conta das festas e confraternizações, é o de maior faturamento e ajuda no pagamento de contas em janeiro.
O presidente da Abrasel RMC, Matheus Mason, afirmou que a mudança para a Fase Vermelha prejudica os bares e restaurantes não só pelo fechamento, mas porque atrapalha o planejamento.
“Bares e restaurantes haviam se programado com compra de estoque e de um dia para outro, sem qualquer antecedência, tiveram que cancelar tudo, arcando com enormes prejuízos, produtos estocados e dívidas com fornecedores”, afirmou.
No documento que será enviado aos prefeitos, a Abrasel RMC justifica que o setor de alimentação fora do lar vem sofrendo ao longo de 2020, mas que mesmo assim vem trabalhando dentro da lei e seguindo, até agora, todos os protocolos e determinações das autoridades.
A entidade argumenta ainda que “esta última restrição do governo do estado foi a gota d’água para os comerciantes, que estão desesperados e não aguentam mais seguir esses decretos, que são desproporcionalmente punitivos ao setor de bares e restaurantes”.
MUDANÇA
A reclassificação foi anunciada pelo Estado na semana passada, após registro de alta no número de casos, e tem o objetivo, segundo o governo, de diminuir a propagação do vírus, sobretudo por conta das festas de Natal e Ano Novo, momentos em que as famílias costumam se reunir e poder haver aumento na transmissão do vírus.