Em cerimônia no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, tomou posse nesta quinta-feira (10) para um novo mandato, que se estenderá até 2025. O juramento à Constituição foi feito na Suprema Corte, porque Maduro não reconhece a Assembleia Nacional Venezuelana, dominada pela oposição. Em discurso, Maduro prometeu combater a corrupção e fazer “uma revolução moral” no país.
Para Maduro, a luta contra a corrupção é de toda a sociedade venezuelana, que sofre as consequências dos desvios e da desonestidade. “Esta não é uma luta de Maduro, é uma luta moral de toda a sociedade. Esta luta implica mudança cultural de toda a sociedade”, afirmou. “Temos um inimigo a vencer: a corrupção.”
Maduro disse que, no segundo mandato, pretende fazer da Venezuela um lugar melhor para viver, capaz de atrair investidores do mundo inteiro. “Não podemos falhar e não falharemos. Juro por minha vida”, afirmou.
Sucessor de Hugo Chávez (morto em 2013), Maduro chega ao segundo mandato em meio a uma forte crise econômica, com registros de hiperinflação e desabastecimento de alimentos e combustíveis, e humanitária no país. Contingentes de venezuelanos têm seguido para os países vizinhos, fugindo do desemprego e da fome.
Maduro foi eleito em maio do ano passado, com 67% dos votos válidos, mas o pleito foi marcado por denúncias de fraude e por uma abstenção de 54%.
Maduro rebate as acusações, dizendo que as disposições constitucionais foram cumpridas e que seu mandato é legítimo. “Estou de pé para democraticamente tomar as rédeas de nosso país em direção a um destino melhor”, afirmou. “Aqui estou, assumindo a Presidência da República para o segundo período, por ordem do povo.”
PT
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, justificou em nota sua ida à Venezuela para a posse afirmando que a eleição de Maduro foi legítima, constitucional e pelo voto popular e que o Brasil sempre respeitou os princípios de soberania e solidariedade entre os países.