Uma adolescente de 17 anos foi esfaqueada, na tarde desta quarta-feira (2), por um colega dentro de uma escola particular na Grande São Paulo. O caso ocorreu no colégio Ábaco, em São Bernardo do Campo, onde os dois estudam.
A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência. O agressor, um adolescente também de 17 anos, foi levado para a 3ª Delegacia de Polícia, na cidade, onde o caso foi registrado e será investigado. A jovem foi socorrida ao Pronto-Socorro Assunção, no mesmo bairro em que fica a escola.
A escola suspendeu as aulas nesta terça e, durante a tarde, a perícia da Polícia Civil esteve no local. A condição de saúde da jovem não foi informada. A reportagem entrou em contato com a escola, mas até a publicação desta reportagem, o colégio Ábaco não havia respondido.
O colégio tem duas unidades na cidade da Grande São Paulo. A agressão ocorreu na unidade em que estudam alunos do 5º ao 9º ano. Há menos de um mês, outro caso de esfaqueamento foi registrado em uma escola da Grande São Paulo.
Um estudante de 14 anos esfaqueou um professor e, na sequência, desferiu contra si uma facada nas dependências do CEU (Centro Educacional Unificado) Aricanduva, na zona leste da capital paulista. O ataque ocorreu na quinta-feira (19). As facadas causaram ferimentos na região do abdômen da vítima e do agressor.
O adolescente foi levado pelo helicóptero Águia, da PM, ao Hospital das Clínicas, no centro da cidade. Já o professor de geografia Luís Marcos Notario, 55, recebeu os primeiros atendimentos no Pronto-Socorro Jardim Iva e, depois, foi encaminhado ao Hospital Estadual de Vila Alpina, também na zona leste.
MASSACRE DE SUZANO
Casos de violência dentro de escolas têm sido cada vez mais frequentes. Também em setembro, um ex-aluno da Escola Estadual Soldado Eder Bernardes dos Santos, no Itaim Paulista, também na zona leste da capital, invadiu o colégio portando um martelo na mochila.
Ele foi descoberto antes de esboçar qualquer intenção de agredir alunos e professores da unidade, mas a presença dele no local com a ferramenta causou pânico. A Polícia Militar foi acionada e retirou o jovem do local. O maior e o mais recente atentado numa escola pública do estado de São Paulo completou seis meses no mês passado.
Na Escola Estadual Prof. Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, o ex-aluno Guilherme Taucci, 17, e o seu comparsa, Luiz Henrique de Castro, 25, entraram na escola armados e mataram a tiros cinco estudantes e duas funcionárias; antes de chegarem à escola, haviam matado um empresário, tio de Guilherme. Ao final do massacre e percebendo a chegada da polícia, Guilherme matou seu comparsa e se suicidou. O Brasil havia sido palco de uma chacina semelhante em 2011, que deixou 12 estudantes mortos além do atirador, que se suicidou, na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro.