Após cirurgia de transplante de coração feita neste domingo (27) no apresentador Fausto Silva, o Faustão, o Ministério da Saúde soltou uma nota à imprensa atualizando sobre o funcionamento da fila de transplantes no país, após questionamentos serem feitos nas redes sociais.
O Ministério informa que Faustão teve prioridade na fila devido ao seu estado de saúde. “Ele recebeu um coração após constatada a compatibilidade necessária para o procedimento, assim como os outros sete transplantados no estado de São Paulo”, disse.
O apresentador que estava internado no hospital Albert Einstein desde 5 de agosto e tinha seu caso considerado como grave. “O Einstein foi acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo na madrugada de hoje (domingo), quando foi iniciada a avaliação sobre a compatibilidade do órgão, levando em consideração o tipo sanguíneo B”, salientou o hospital em comunicado.
Na nota, o Ministério prossegue dizendo que que a lista de transplantes do SUS (Sistema Único de Saúde) é única, valendo tanto para pacientes da rede pública quanto de hospitais privados.
A fila de transplantes é toda controlada pelo SUS, porque segundo a Lei Federal N°9434, Art. 15, “comprar ou vender tecidos, órgãos ou partes do corpo humano é crime, tendo pena de três a oito anos de reclusão”. Até sexta-feira (25), 382 pessoas aguardavam na fila por um novo coração.
Como a fila funciona?
Durante a nota, o ministério explica que para realizar um transplante, o SUS se baseia em critérios técnicos, em que tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados.
“Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica”, explica.