quinta-feira, 21 novembro 2024

Após fuga, Ghosn agora é procurado pela Interpol

Carlos Ghosn, ex-CEO da Nissan, afirmou que sua esposa Carole e outros membros de sua família não tiveram participação em sua fuga do Japão. A informação foi divulgada pelo próprio empresário a veículos internacionais no início da tarde desta quinta-feira (02). Ele é procurado pela Interpol, segundo informação confirmada pelo ministro da Justiça libanês, Albert Sarhane. 

“Houve especulações na mídia de que minha esposa Carole e outros membros da minha família tiveram um papel importante na minha partida do Japão. Toda essa especulação é imprecisa e falsa. Só eu arranjei minha partida. Minha família não teve nenhum papel”, diz o executivo no comunicado. Ghosn fugiu da prisão domiciliar no Japão sem o consentimento das autoridades locais e estaria no Líbano, o que é desmentido pelas autoridades libanesas. 

O comunicado foi divulgado no mesmo dia em que a Interpol emitiu um mandado de prisão contra Ghosn para o governo do Líbano. Ainda hoje, a Turquia anunciou que prendeu sete pessoas suspeitas de ajudar o executivo na fuga, sendo quatro pilotos. O paradeiro de Ghosn ainda é desconhecido. Ele tem tripla cidadania francesa, brasileira e libanesa e tinha dois passaportes franceses, incluindo um que sempre levava em uma mala trancada. A suspeita é de que ele embarcou em um jato privado no aeroporto de Kansai. Um avião deste tipo decolou em 29 de dezembro às 23h00 (horário do Japão) com destino a Istambul, segundo a imprensa japonesa. 

Ghosn é alvo de quatro acusações no Japão: duas por renda diferida não declarada pela Nissan às autoridades financeiras e duas outras por quebra de confiança com agravante. Preso em novembro de 2018, o brasileiro sempre negou as acusações, alegando ter fugido de um “sistema judicial japonês tendencioso”. 

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