Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan, saiu da prisão nesta quarta-feira (06) após pagar 1 bilhão de ienes (R$ 34 milhões). O empresário estava preso em Tóquio desde 19 de novembro, acusado de ter fraudado declarações de ganhos salariais da Nissan equivalentes a R$ 162 milhões de 2010 a 2015.
Após ter seu pedido de liberdade provisória aceito, Ghosn, que é brasileiro, francês e libanês, reafirmou ser inocente e disse que vai se “defender vigorosamente” de acusações “sem qualquer fundamento”. “Agradeço infinitamente à minha família e aos amigos que me apoiaram durante esta provação terrível”, afirmou o executivo, em comunicado.
Entre as condições impostas pela justiça japonesa para a soltura de Ghosn, estão a proibição de que o empresário deixe o país, o veto ao uso de internet e ao envio de mensagens de texto, além da instalação de câmeras nas entradas e saídas de sua casa.
O empresário também está proibido de se comunicar com as partes envolvidas no caso. Este foi o terceiro pedido de liberdade apresentado pela defesa do executivo -os dois anteriores foram rejeitados. Ghosn deve ser julgado no fim deste ano ou no início de 2020 e pode enfrentar uma sentença de até 15 anos de prisão.