sexta-feira, 26 julho 2024
AUDIÊNCIA PÚBLICA

Audiência especial definirá julgamento dos acusados no assassinato de Marielle Franco

Vereadora morreu no Rio de Janeiro em 2018, e o caso nunca foi concluído. A sessão que acontece em junho (26)
Por
Isabela Braz
Foto: Psol/RJ

O juiz da 4ª vara Criminal do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), Gustavo Kalil, designou para o próximo mês, no dia 26 de julho, uma audiência especial para preparação e organização do júri que julgara Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes em 2018.

A sessão que acontece às 12h, decidirá a data oficial do julgamento dos ex-policiais acusados de disparar 13 tiros no carro da vereadora – sendo 4 atingidos na cabeça de Marielle e 3 que atingiram Anderson pelas costas.

O julgamento contará com a presença de representantes do ministério público do Rio de Janeiro e assistências da acusação e defesa.

A decisão do juiz Kalil considera “a complexidade do feito, o grande interesse social e as inúmeras diligências administrativas” para instalar a sessão plenária.

A defesa dos réus solicitou pedido de suspensão do júri, na qual foi negada pelo juiz.

O caso

No dia 14 de março, ao sair de um evento na Lapa junto a assessora Fernanda Gonçalves e o motorista Anderson Gomes, a parlamentar Marielle Franco (Psol), militante do movimento negro e atuante na causa das periferias, se envolveu em um massacre que chocou todo o país.

O carro da vereadora foi alvejado de tiros, matando imediatamente Marielle, que estava no banco de trás e seu motorista, que faleceu antes do socorro chegar, deixando poucos rastros e uma dúvida que até hoje permeia a internet, criando assim o movimento “quem mandou matar Marielle?”. A assessora Fernanda Gonçalves foi a única sobrevivente.

O Ministério Público do Rio de Janeiro identificou que o carro suspeito de seguir a vereadora pertencia a Élcio de Queiroz e dentro dele, havia o ex-policial reformado e investigado por envolvimento com milícias, Ronnie Lessa.

O crime completou 5 anos nesse ano, com promessas de governo do atual Ministério de Justiça do Governo Federal de não medir esforços para resolver o caso.

As defesas de Élcio e Ronnie negam as acusações e afirmam que o MP não tem provas suficientes para convencer o júri da participação de ambos.

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