O presidente eleito, Jair Bolsonaro, escolheu o advogado e ex-presidente do PSL Gustavo Bebianno como ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Bebianno é um dos principais aliados de Bolsonaro e foi o responsável por negociar a filiação do eleito ao PSL. Ele é também o primeiro nome da legenda indicado para ocupar um ministério.
O anúncio foi feito ontem de manhã, em Brasília, após reunião de Bolsonaro com toda a equipe do governo de transição.
Ficarão a cargo de Bebianno, a exemplo do modo como é hoje, a Secom (Secretaria de Comunicação), o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) e a EPL (Empresa de Planejamento e Logística).
“Ter participado de toda a campanha já foi um privilégio para mim e agora é uma honra receber mais essa responsabilidade, olhando e trabalhando para o Brasil”, disse o futuro chefe da Secretaria-Geral.
Segundo ele, uma de suas principais atribuições será acompanhar o trabalho de todo o governo por meio da modernização do Estado.
“Então o nosso interesse é que o contribuinte, pagador de impostos, e a população brasileira sejam bem atendidos em tudo aquilo que o governo tem a oferecer em termos de serviços e até produtos.”
A escolha de Bebianno foi anunciada pelo futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, após reunião no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), onde funciona o gabinete de transição.
“Foi um dos coordenadores da campanha presidencial. Um homem que está extremamente preparado e é de absoluta confiança do presidente da República para administrar essa importante pasta”, disse Onyx.
Bebianno, cujo ministério abriga a Secom, disse que o futuro governo ainda não tem um nome definido para a secretaria.
“Não. Alguns nomes estão sendo estudados. O filho do presidente, Carlos Bolsonaro, é uma pessoa que sempre esteve à frente dessa comunicação. Desenvolveu um trabalho brilhante”, disse, em referência a um dos filhos do eleito, responsável pela estratégia das redes sociais durante a campanha.
“E talvez, sem ele, a campanha não tivesse se desenvolvido tão bem. Aliás, é um trabalho que já se desenvolve há muitos anos, até bastante antes da pré-campanha. Então isso será discutido ainda com ele, com o presidente, e esse nome será encontrado”, disse.
Apesar dos elogios, ao longo da corrida presidencial, Bebianno foi criticado pelos filhos de Bolsonaro indiretamente pelas redes sociais.
O futuro ministro disse que não há uma definição sobre se Carlos permanecerá em Brasília auxiliando o pai. Ele é vereador no Rio de Janeiro, mas está licenciado desde agosto do cargo.
Bebianno se aproximou de Bolsonaro em 2017 e, em janeiro deste ano, assumiu a presidência do PSL. Ele foi um dos responsáveis por negociar a filiação do eleito à legenda, que antes negociava migrar para o PEN, hoje rebatizado de Patriota.