quinta-feira, 25 abril 2024

Biden reduz risco de guerra entre China e EUA

A vitória de Joe Biden nas eleições americanas reduz, ao menos temporariamente, o risco de um conflito armado entre os EUA e a China. Mas isso não significa que o novo presidente terá uma atitude suave ao lidar com o rival: ele deverá escolher algumas brigas para comprar.

A avaliação é de Graham Allison, 80, cientista político, professor em Harvard há cinco décadas e ex-conselheiro do Departamento de Defesa nos governos de Ronald Reagan e Bill Clinton.

Allison lançou recentemente no Brasil o livro “A Caminho da Guerra” (editora Intrínseca), no qual compara vários conflitos entre potências ao longo da história com a realidade atual para tirar lições que poderiam evitar uma guerra entre EUA e China.

À Folha, por email, ele comentou o que esperar do governo Biden nas relações com o país asiático e em outras questões internacionais. Perguntado se a vitória de Joe Biden amplia ou reduz a possibilidade de que EUA e China entrem em guerra, ele respondeu: “No curto prazo, reduz. Em vez do modelo personalista e impulsivo de Donald Trump, que governa por tuítes, Biden tem demonstrado ao longo de sua carreira que entende a necessidade de reflexão ao tomar decisões de política externa e de procedimentos normais nas relações internacionais, que antes eram chamados de “diplomacia”. Segundo ele, os “líderes nos dois países sabem que uma guerra seria catastrófica para ambos”.

“Nos últimos 500 anos, houve 16 casos em que uma potência em ascensão ameaçou superar uma estabelecida. Destes, 12 terminaram em guerra. A menos que Xi Jinping falhe em sua ambição de ‘fazer a China grande de novo’ o país continuará a desafiar a posição habitual da América no topo de cada hierarquia existente.”

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