quarta-feira, 2 julho 2025

Bolsonaro amplia margem entre evangélicos; Lula tem o dobro entre católicos

Dados são da última pesquisa Datafolha; otimismo com futuro da economia salta de 33% para 48%

RELIGIÃO E POLÍTICA | Bolsonaro e a primeira-dama Michelle durante culto evangélico (Foto: Divulgação)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ampliou de 10 para 17 pontos percentuais sua vantagem sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os evangélicos, aponta pesquisa Datafolha realizada de terça (16) a quinta-feira (18).

Nesse grupo religioso, o atual mandatário saltou de 43% para 49% das intenções de voto no último mês, enquanto o petista flutuou negativamente de 33% para 32%.

Entre os católicos, a variação entre as duas últimas rodadas não foi significativa. Lula continua liderando com quase o dobro das intenções de voto (52%) do principal rival, que oscilou positivamente, de 25% para 27%. Abaixo, é possível ver a evolução dos dois candidatos desde maio.

No Brasil, 50% do eleitorado se declara católico, e 27%, evangélico, também segundo o Datafolha. Outras religiões não foram consideradas na comparação porque as bases de dados são muito pequenas.

A última pesquisa foi feita com 5.744 eleitores acima dos 16 anos em 281 cidades. Ela foi contratada pela Folha e pela TV Globo e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-09404/2022.

Nesta análise foi considerada a pergunta estimulada, ou seja, em que os candidatos são nominalmente apresentados ao entrevistado. A margem de erro total do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Entre os evangélicos, ela muda para três pontos.

Economia

A avaliação que os eleitores brasileiros fazem do desempenho da economia melhorou no último mês, e a população ficou
 mais otimista com o futuro do país e sua situação financeira pessoal, revela pesquisa feita pelo Datafolha nesta semana.

Segundo o instituto, 48% acham que a situação econômica do país vai melhorar nos próximos meses, 28% preveem que ela ficará igual e 18% esperam piora. Pesquisa anterior, realizada em junho, apontou 33% otimistas e 34% pessimistas.

A parcela dos eleitores que aposta em melhora da sua situação financeira pessoal nos próximos meses aumentou de 47% para 58% desde junho, e o bloco dos pessimistas caiu de 15% para 8%. Outros 31% acham que sua situação ficará igual.

O Datafolha entrevistou 5.744 eleitores em 281 cidades entre terça (16) e quinta-feira (18). A margem de erro do estudo é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pelo jornal Folha de S.Paulo e pela TV Globo.

As taxas que indicam avaliação positiva do desempenho da economia e otimismo com o futuro são as mais altas apuradas desde 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (PL), que está em campanha para se reeleger em outubro.

Auxílio

Lula tem 56% das intenções de votos no primeiro turno entre pessoas que recebem o Auxílio Brasil ou moram com alguém que é beneficiário do programa, ainda segundo o Datafolha. Bolsonaro tem 28% entre esses eleitores. Os beneficiários do programa de distribuição de renda representam um em cada quatro brasileiros.

Entre eleitores de famílias que não estão no programa, a diferença é menor: 44% e 34%, respectivamente, para Lula e Bolsonaro. O atual presidente tem avançado entre esses beneficiários.

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