

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência BrasilO Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (25) a compra de 1,8 milhão de doses da vacina contra o VSR (vírus sincicial respiratório), principal responsável por bronquiolite em recém-nascidos. O investimento é de R$ 1,7 bilhão. O primeiro lote, com 673 mil doses, deve começar a ser distribuído aos estados ainda em dezembro.
Segundo a pasta, a vacinação poderá ser iniciada imediatamente após o recebimento das doses por estados e municípios. A previsão é que mais 4,2 milhões de doses sejam adquiridas até 2027.
Imunização será feita em gestantes a partir da 28ª semana
A vacina é indicada para gestantes a partir da 28ª semana, com o objetivo de proteger bebês menores de seis meses. Não há restrição de idade para a mãe, e a recomendação é de dose única a cada gestação. A meta é vacinar 80% do público-alvo.
Com a chegada das vacinas às UBSs (Unidades Básicas de Saúde), as equipes devem revisar a situação vacinal das gestantes, incluindo doses contra covid-19 e influenza. De acordo com o ministério, a vacina contra o VSR pode ser aplicada junto a outros imunizantes.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que a proteção é prioritária para recém-nascidos, já que eles enfrentam maior risco de complicações causadas pelo VSR.
VSR é responsável pela maior parte dos casos de bronquiolite
O vírus sincicial respiratório é responsável por 75% dos casos de bronquiolite e por 40% das pneumonias em crianças menores de dois anos. A vacina oferece proteção imediata ao recém-nascido, reduzindo a necessidade de hospitalizações.
Até 15 de novembro, o Brasil registrou 43,1 mil casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) causados por VSR em 2025. Entre essas internações, 82,5% envolveram crianças com menos de dois anos.
Como a maioria das infecções é viral, não há tratamento específico para bronquiolite. O manejo inclui terapia de suporte, suplementação de oxigênio, hidratação e broncodilatadores quando há chiado importante.
Especialistas defendem a vacinação de gestantes
Para Isabella Ballalai, diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), a estratégia é crucial para reduzir hospitalizações e mortes em bebês pequenos. Ela destaca que a maior parte dos óbitos ocorre em crianças com menos de um ano, especialmente abaixo dos seis meses.
Segundo a especialista, a vacinação materna permite que o bebê nasça já protegido, reduzindo o risco de quadros graves nas primeiras semanas de vida.
*Com informações de Agência Brasil





