sexta-feira, 22 novembro 2024

Calor aumenta incômodo com máscaras faciais

As temperaturas altas que o País tem registrado e o ar mais seco nos últimos dias devem permanecer até meados de outubro. A atual onda de calor traz um incômodo extra: as máscaras faciais, obrigatórias em espaços públicos e necessárias para barrar a transmissão da Covid-19.

“Não é confortável usar a máscara, principalmente no calor. Mas não podemos abrir mão dela agora”, afirma a infectologista Sumire Sakabe, do Hospital 9 de Julho. Segundo ela, a escolha do tecido é importante. Alguns tecidos, como algodão, podem ficar mais confortáveis no rosto do que outros, sintéticos, que aumentam a sensação de calor.

A troca de máscara e a higienização da proteção devem ser mais frequentes, acrescenta João Prats, infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP).

O suor e o contato com a água em banhos de piscina ou mar podem umedecer a máscara e assim reduzir a capacidade de filtrar as partículas através dos fios do tecido, explica o médico.

O médico não recomenda o uso das máscaras do tipo N95 para os dias mais quentes. O equipamento voltado para uso de profissionais da área da saúde pode aumentar o desconforto e machucar o rosto quando usado por muito tempo.

Sakabe, do Hopital 9 de Julho, recomenda ainda intensificar a higiene do rosto, pois problemas como dermatite e acne podem ser agravados com o calor e o uso das máscaras.

Atividades ao ar livre e deixar as janelas mais abertas para permitir maior circulação do ar também aliviam o desconforto, diz a médica.

A medição de temperatura feita no acesso a lugares como shoppings e restaurantes não deve ser prejudicada pelo calor excessivo. Mas Prats recomenda fazer a medição sobre a pele seca, livre de suor, para evitar aferição distorcida.

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