sexta-feira, 26 julho 2024
Mosquito persistente

Casos de Dengue em Brasília podem ter ultrapassado o recorde

O Distrito Federal (DF) enfrenta grave epidemia de dengue em 2024 e em São Paulo (SP) os números também preocupam
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Por Carla Mendrot
Foto: Reprodução

Com mais de 72 mil casos prováveis até o momento, a situação exige medidas urgentes e eficazes para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti e proteger a saúde da população.

Dados alarmantes

  • Projeção de mais de 72,6 mil casos em 2024;
  • Número superior ao total de casos registrados em todo o ano de 2022.;
  • Aumento de 20,4 mil casos em uma semana;
  • Atraso na atualização dos boletins epidemiológicos dificulta a análise precisa da situação;
  • Incidência 9 vezes maior que a média nacional;
  • Brasília tem o maior coeficiente de incidência de dengue entre as unidades federativas;
  • 19 mortes confirmadas por dengue:
  • 20% do total de mortes no Brasil.

Maior impacto em áreas periféricas:

Sol Nascente, Pôr do Sol, Ceilândia, Brazlândia, Estrutural e Santa Maria são as regiões mais afetadas.

Entenda quais são as possíveis causas da epidemia e quais são os desafios e soluções para combater o problema

  • Volume e ciclo de chuvas atípicos – Favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
  • Má destinação de resíduos sólidos – Acúmulo de água em locais inadequados cria criadouros do mosquito.
  • Falta de estrutura urbana em áreas irregulares – Dificulta a coleta de lixo e o acesso à água potável.
  • Alta densidade populacional – Agrava o problema da dengue em áreas com infraestrutura precária.
  • Perda de qualidade no planejamento urbano – Ocupação irregular, grilagem e falta de infraestrutura contribuem para a proliferação do mosquito.

Mobilização social: Conscientizar a população sobre a importância de eliminar os criadouros do mosquito.
Recolha de resíduos de porta em porta: Medida essencial para áreas com coleta irregular ou inexistente.

Melhoria da infraestrutura urbana: Investimento em saneamento básico e coleta de lixo em áreas periféricas.
Fortalecimento da vigilância epidemiológica: Monitoramento constante da situação e ações de controle do mosquito.

Planejamento urbano sustentável: Evitar ocupações irregulares e garantir infraestrutura adequada para toda a população.

A epidemia de dengue em Brasília exige uma resposta urgente e abrangente por parte das autoridades, com ações que combinem mobilização social, medidas de controle do mosquito e investimentos em infraestrutura urbana. A participação da população é fundamental para eliminar os criadouros do mosquito e conter a proliferação da dengue.

Trazendo o caso para São Paulo, podemos considerar que a atenção em nosso Estado deve ser redobrada.

Dados alarmantes

  • Mais de 158.500 notificações de casos em 2024: Número superior ao total de casos registrados em todo o ano de 2022.
  • 55.300 casos confirmados: Aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior.
  • 15 mortes confirmadas por dengue: A letalidade da doença preocupa as autoridades sanitárias.
  • Coeficiente de incidência de 1.004,2 casos por 100 mil habitantes: Maior que a média nacional, mas inferior ao de Brasília.
  • Maior impacto nas regiões Norte e Centro-Oeste do estado: Marília, Bauru e Presidente Prudente são as cidades mais afetadas.

Em São Paulo devemos considerar algumas possíveis causas

  • Fatores climáticos: Volume e ciclo de chuvas atípicos favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti;
  • Falta de saneamento básico: Grande parte da população não tem acesso à rede de esgoto, o que cria criadouros do mosquito;
  • Acúmulo de lixo: Descarte irregular de resíduos sólidos contribui para a proliferação do mosquito;
  • Falta de educação ambiental: População precisa ser conscientizada sobre a importância de eliminar os criadouros do mosquito;
  • Dificuldades no combate ao mosquito: O Aedes aegypti se tornou resistente a alguns inseticidas.

Em São Paulo os desafios e soluções propostas são:
Mobilização social: Conscientizar a população sobre a importância de eliminar os criadouros do mosquito. Ampliação do acesso à rede de esgoto: Investimento em saneamento básico é fundamental para o controle da dengue.
Reforço na coleta de lixo: Combate ao descarte irregular de resíduos sólidos.
Educação ambiental: Campanhas educativas para conscientizar a população sobre a dengue.
Pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias: Busca por métodos mais eficazes para combater o mosquito Aedes aegypti.

A epidemia de dengue é um problema grave que afeta tanto Brasília quanto São Paulo, as medidas de controle da doença precisam ser intensificadas e devem ser baseadas em um esforço conjunto entre governo e população.

A mobilização social e a adoção de medidas de prevenção individual são essenciais para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti e proteger a saúde da população.

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