sexta-feira, 19 abril 2024

Chile volta a registrar noite de tensão com incêndios e saques

Saques em um hotel e em vários supermercados, além de incêndios em diferentes partes do Chile registrados na madrugada desta quarta-feira (27), aumentaram a tensão na crise social que atinge o país há seis semanas. 

Em resposta à noite de protestos, o presidente conservador Sebastián Piñera convocou uma reunião de emergência com diversos ministros na sede do governo, um dia depois de pedir que o Exército volte às ruas para defender a infraestrutura do país. 

Em uma decisão unânime (150 votos a favor), a Câmara dos Deputados do Chile aprovou uma lei que reduz em 50% o salário e outras remunerações dos parlamentares, como uma resposta aos protestos. A medida vale provisoriamente durante 60 dias enquanto uma comissão autônoma define os novos tetos para altos funcionários do Estado e políticos eleitos. 

Segundo o ministro da Defesa, Alberto Espina, os protestos -que começaram em resposta ao aumento da tarifa do metrô há mais de um mês e passaram a abarcar pautas mais amplas, como a reforma constitucional- estão “alcançando níveis de violência que não eram vistos desde o retorno à democracia”, em 1990. 

A cidade turística de La Serena, que fica à beira-mar na costa norte do país, registrou um dos episódios mais violentos: o tradicional hotel Costa Real, no qual trabalham 60 funcionários, foi saqueado e em seguida queimado por homens encapuzados. Eles reviraram mesas e danificaram paredes. 

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