quarta-feira, 24 abril 2024

Concentração de motoboys em segundo ‘Breque dos Apps’ é fraca em São Paulo

A concentração de entregadores de aplicativo prevista para a manhã de ontem em shoppings foi fraca e dispersa em São Paulo. Chamado de “Breque dos Apps”, o segundo ato de entregadores reivindica das empresas de delivery melhores condições de trabalho. No Twitter, o assunto era o mais comentado ontem. 

Em São Paulo, a proposta do movimento era que motoristas organizassem piquetes em shoppings, mas poucos compareceram. 

Nas redes sociais, a hashtag “Breque dos Apps” manteve a campanha para que as pessoas não pedissem comida por aplicativo ontem. Alguns motoristas preferiram não aderir ao movimento fisicamente, ficando offline no aplicativo, mas sem fazer protestos nas ruas. 

Um dos locais previstos para a concentração pela manhã na Capital era no Center 3, na Av. Paulista e na Luís Coelho. Desde as 10h, cerca 15 motoboys apareceram nas imediações. A polícia aguardava no local. 

Dessa vez, o Sindimoto, sindicato dos motoboys, que colocou um carro de som nas ruas no dia 1º de julho e puxou milhares de motoboys, não compareceu, apesar de apoiar a paralisação. 

Os motoristas pleiteiam aumento do valor pago por quilômetro, preço mínimo unificado em todos os apps, fim dos bloqueios na plataforma sem justificativa, fim do sistema de pontuação para poder ter acesso às áreas com melhor remuneração na corrida e seguro para acidentes. 

Os manifestantes alegam que a remuneração caiu drasticamente com a pandemia do novo coronavírus. Até mesmo ciclistas relatam que precisam fazer jornadas mais longas para atingir a renda pré-Covid. 

As empresas afirmam que não reduziram as taxas. O iFood, por exemplo, diz que, inclusive, não aumentou a base de motoristas para manter a renda dos já cadastrados. 

Gabriel Alves, 20, cadastrado na Rappi, afirma que a renda caiu pela metade na pandemia, embora sua jornada permaneça a mesma. 

“Trabalho 12 horas, simplesmente não toca. Antes fazia R$ 200, agora a metade. Os aplicativos dizem que a taxa não caiu, mas a gente vê todos os dias. Caiu, sim”, afirma. 

José Mariano, 38, também conta que o valor pago por entrega está menor, além de destacar a diluição de entregas com a entrada de novos entregadores durante a pandemia e os problemas do sistema de pontuação. 

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