Na noite desta quinta-feira (17), o Ministério da Saúde confirmou um caso da nova variante do vírus da Covid-19 no Estado de São Paulo. Trata-se da variante EG.5, identificada em uma mulher, de 71 anos.
De acordo com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), a paciente, que tinha o esquema vacinal completo, já está curada, tendo apresentado os primeiros sintomas de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça em 30 de julho e realizado a coleta para exame laboratorial foi feita em 8 de agosto.
Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, o ministério vem monitorando atentamente o que vem acontecendo nos outros países, mas ainda não há mudanças de orientações no cenário nacional. “Nós ainda não temos informações de que essa nova variante possa ter algum impacto nas nossas vacinas, como o aumento da gravidade da doença”, diz.
Em nota, o Ministério de Saúde reforça que a pasta mantém contato permanente com a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e a OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre assuntos relacionados ao vírus SARS-CoV-2 e suas subvariantes.
“Até o momento, as informações que nós temos de organismos internacionais, das publicações científicas, é que as nossas vacinas ainda protegem contra essa nova variante, nós não temos evidência ao contrário, por isso é muito importante que todos coloquem a sua carteira de vacinação em dia. Então, se você ainda não procurou uma unidade de saúde, se você não está em dia com a sua dose de vacina desse ano, procure uma unidade de saúde”, complementou a secretária.
Além disso, a pasta ressalta que está disponível em toda a rede do SUS, gratuitamente, o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo.
O Vírus
Identificado pela OMS no início de agosto, a variante EG.5, chamada de Eris, vem da linhagem da ômicron e segundo a agência de saúde da ONU (Organização das Nações Unidas) já foi identificada em 51 países – com maior predominância nos Estados Unidos e no Japão.
De acordo com a OMS, essa variante possui mutação na proteína Spike – parte do vírus associada à capacidade de infecção nas células humanas, sendo um dos principais alvos dos anticorpos produzidos para bloqueio do vírus. Essa mutação causa escape imunológico.
Para o órgão não houve alterações relatadas na gravidade da doença até o momento em pessoas infectadas pela variante. A organização alerta que “o risco à saúde pública seja avaliado como baixo em nível global, semelhante ao risco de outras variantes atuais de interesse”.
