quinta-feira, 2 maio 2024
GUERRA EM ISRAEL

Conflito entre Israel e Hamas

Uma análise dos principais envolvidos
Por
Danilo Bueno
FOTO: Reprodução / Frame / Mídias Sociais

No último sábado (7), o grupo palestino Hamas lançou um ataque contra Israel, desencadeando mais um capítulo de um conflito que já se arrasta há décadas. Em resposta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra aos agressores, mobilizando o exército do país para uma resposta. Esse conflito, que tem suas raízes em questões geopolíticas, terras e religião, envolve Israel, Palestina, Hamas e outros atores importantes.

O Estado de Israel foi fundado em 1948 e desde então tem travado diversas guerras, ocupando territórios e ampliando seus domínios. Fazendo fronteira com o Líbano, a Síria, a Jordânia, o Egito e o Golfo de Aqaba, Israel possui uma localização estratégica. Jerusalém, cidade sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos, é um ponto-chave nesse conflito, abrigando locais históricos como o Domo da Rocha, o Muro das Lamentações, a Mesquita de Al-Aqsa e a Igreja do Santo Sepulcro.

Por sua vez, a Palestina reivindica soberania sobre os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, além de considerar Jerusalém como sua capital. A maior parte das áreas reivindicadas pelos palestinos está ocupada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Embora a ONU e mais de cem países tenham reconhecido oficialmente a declaração de independência da Palestina em 1988, potências europeias e os Estados Unidos ainda recusam o reconhecimento do Estado palestino.

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP), criada em 1964, foi originalmente apresentada como a única representante legítima do povo palestino e buscou a libertação da Palestina por meio da luta armada. No entanto, em 1988 a OLP passou a apoiar oficialmente uma solução de dois Estados, alinhada com a proposta da ONU. Esse movimento culminou no reconhecimento mútuo entre a OLP e Israel, com a OLP sendo reconhecida como a representante legítima do povo palestino.

O Acordo de Oslo, assinado em 1993 entre Israel e a OLP, estabeleceu a criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP), um governo autônomo provisório que administra os territórios palestinos. Atualmente, a ANP controla a área A da Cisjordânia, enquanto a área B está sob controle militar de Israel e controle civil da ANP. A área C concentra assentamentos israelenses.

Dentro da OLP, o Fatah é a maior força política, sendo considerado mais moderado do que o Hamas. Já o Hamas é um movimento palestino que inclui uma entidade filantrópica, um braço político e um braço armado. Criado em 1987, é considerado uma organização terrorista por vários países, como Estados Unidos, União Europeia, Japão, Israel e Canadá. O Hamas não reconhece o Estado de Israel e busca a independência de um Estado Palestino.

Outro ator importante nesse conflito é o Hezbollah, aliado do Hamas. Surgido durante a Guerra Civil do Líbano, o Hezbollah é visto como um movimento legítimo de resistência no mundo islâmico xiita, mas é considerado uma organização terrorista por diversos países ocidentais.

Diante desse contexto complexo, a situação entre Israel e o Hamas se agrava pelo fato de Israel deter a soberania sobre o território da Faixa de Gaza, onde o Hamas está inserido. A expectativa é de que haja uma mobilização significativa das Forças Armadas de Israel nas próximas semanas, com o objetivo de resgatar os reféns e dar uma resposta enérgica ao Hamas.

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