Um confronto na faixa de Gaza, que começou após uma operação israelense na noite de domingo e que continuou ontem, deixou dez pessoas mortas, sendo um militar de Israel e nove palestinos, a maioria militantes do grupo Hamas.
A ação acontece exatamente no momento em que avançavam as negociações entre os dois lados para conter a violência , que são intermediadas pelo Egito e pelo Catar.
Não estão claros ainda os detalhes do confronto, mas o grupo islâmico Hamas (que controla a faixa de Gaza) afirmou que agentes israelenses disfarçados de civis entraram na faixa de Gaza em um carro descaracterizado e iniciaram uma ação na qual mataram um comandante do grupo, Nour el-Deen Baraka.
Na sequência, ainda segundo o Hamas, militantes do grupo identificaram o veículo e passaram a perseguir os agentes, levando Israel a bombardear o local. Nesse confronto, outros seis palestinos morreram.
Na sequência, foguetes foram lançados da faixa de Gaza em direção a Israel durante a madrugada. No início da tarde, os ataques recomeçaram, atingiram um ônibus israelense, que deixou pelo menos um jovem de 19 anos em estado grave e outros nove feridos.
O governo de Israel disse que ao menos 80 foguetes foram lançados contra seu território e respondeu com um novo bombardeiro contra a faixa de Gaza, que deixou mais duas pessoas mortas, fazendo o total chegar a dez.
O governo israelense confirmou que um tenente-coronel morreu e outro militar ficou ferido durante uma operação na faixa de Gaza e que o restante dos agentes voltou em segurança.
O confronto ocorre uma semana após o governo do premiê Binyamin Netanyahu autorizar que uma ajuda de US$ 15 milhões (R$ 56 milhões) do Catar fosse entregue ao comando da faixa de Gaza.