segunda-feira, 25 novembro 2024

Anúncio para governanta em Campinas exige imunização com doses da Pfizer

  A vaga é para governanta, em Campinas, e o anúncio foi publicado no site Trabalha Brasil

O anúncio não traz o contato do empregador, apenas um espaço para cadastro de candidatos ( Reprodução/Internet)

Um anúncio publicado em um site de vagas de emprego exige que o candidato esteja vacinado com imunizante da Pfizer.

A vaga é para governanta, em Campinas, no interior paulista. O anúncio foi publicado no site Trabalha Brasil.

Embora a vaga seja para governanta, o trabalho inclui a maioria dos serviços domésticos, como fazer as vezes de babá e limpar a casa.

A prática de escolher o imunizante, bastante comum nos postos de vacinação em São Paulo, foi apelidada nas redes sociais de sommelier de vacina.

No caso desta vaga, a escolha pelo imunizante é listada ao lado de outras exigências, como ser cuidadosa, organizada, disciplinada e ter boa bagagem cultural.

O salário previsto é de R$ 1.600, com contração via MEI (Microempreendedor Individual).

O anúncio não traz o contato do empregador, apenas um espaço para cadastro de candidatos.

Nos postos de saúde paulistanos, há muitas pessoas buscando saber se naquele ponto o imunizante é da Pfizer. Muitos procuram a vacina norte-americana pela alta taxa de eficácia (95%) e por ela ser uma das que seriam incluídas em um possível passaporte Covid em países como os EUA.

Atualmente, as vacinas disponíveis no Brasil são: Coronavac (parceria entre Sinovac e o Instituto Butantan, ligado ao governo paulista), Oxford/AstraZeneca (produzida no Brasil pela Fiocruz e adquirida pelo governo federal) e a vacina Pfizer/BioNTech (também adquirida pelo governo federal).

Nesta terça (22), o Brasil recebeu as primeiras doses da vacina da Janssen, após obter aval para a liberação de 3 milhões de doses pelo governo dos EUA. O primeiro lote entregue equivale a 1,5 milhão de doses -a vacina funciona em dose única.

As vacinas têm taxas de eficácia diferentes: a da Coronavac é de 50,38%, a da AstraZeneca, 70%, da Pfizer/BioNTech, 95%, e a da Janssen é de 66%.

Segundo especialistas, as taxas de eficácia, divulgadas pelas desenvolvedoras das vacinas, não podem ser comparadas diretamente porque cada estudo tem sua metodologia própria e, principalmente, um período de desenvolvimento do ensaio clínico distinto. 

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