domingo, 24 novembro 2024

No feriado, festas clandestinas e aglomerações se espalham pelo país

O principal público dessas festas é composto por jovens, fatia da população que cada vez mais tem sido infectada com a Covid-19 

No feriado, festas clandestinas se espalharam pelo país e eventos com até 500 pessoas foram interditados ( Foto: Reprodução/ Facebook)

Nem parecia que uma pandemia está em curso, responsável pelas mortes de quase 470 mil brasileiros. A região do Capivari, em Campos do Jordão (SP), estava lotada neste feriado de Corpus Christi, sem nenhum distanciamento e com a maioria das pessoas sem máscaras.

Considerada pela prefeitura da cidade do Vale do Paraíba uma das datas mais importantes do ano, o feriado abre a temporada do inverno e normalmente recebe milhares de turistas, mas com a crise sanitária a administração criou uma força-tarefa para evitar aglomerações. Mas não evitou, ao menos no Capivari.

O problema, porém, não está restrito a Campos. No feriado, festas clandestinas se espalharam pelo país e eventos com até 500 pessoas foram interditados. O principal público dessas festas é composto por jovens, fatia da população que cada vez mais tem sido infectada com a Covid-19.

Também em São Paulo, a GCM (Guarda Civil Municipal) de Araras encerrou uma festa clandestina numa república de estudantes no Parque das Árvores que tinha 114 pessoas.

Já em Franca, quatro festas particulares em chácaras ou casas foram alvo de notificações da Patrulha Covid, criada para tentar coibir eventos clandestinos durante a pandemia, além de aglomerações nas praças Santa Luzia e do centro comunitário São Sebastião.

A cidade tem 54 pessoas com o novo coronavírus aguardando vagas para internações, 32 delas para UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).

“O intuito da fiscalização não é penalizar ninguém, porém a legislação municipal precisa ser aplicada naqueles casos de desobediência do decreto e dos protocolos sanitários, cujos infratores poderão responder por crimes contra a saúde e administração pública”, diz a prefeitura.

Em Campinas, aglomerações com ao menos 60 pessoas em frente a bares na região da PUC foram dispersadas pela GCM, que também teve trabalho em Itapeva, ao impedir uma festa clandestina na madrugada de quinta.

Após uma denúncia, a corporação foi ao local e confirmou a festa, que tinha 32 pessoas. Todas foram levadas ao plantão policial.

A Prefeitura de Campos do Jordão foi questionada sobre a aglomeração desta quinta-feira e se alguma medida foi tomada, mas não houve resposta.

Em seu site, ao publicar sobre o trabalho que seria feito pela força-tarefa, a prefeitura pediu também a “colaboração dos turistas”. “Lembramos que as normas sanitárias devem ser respeitadas e, portanto, sugerimos aos visitantes usem máscaras, pratiquem o distanciamento social e não participem de aglomerações e festas ilegais.”

Até quarta-feira (2), a cidade tinha 4.841 casos confirmados da Covid-19, com 122 óbitos. Onze pessoas diagnosticadas com a doença estavam hospitalizadas.

Na Bahia, um evento com ao menos 500 pessoas foi encerrado no bairro Canabrava, em Salvador, pela Polícia Militar e fiscais da Sedur (Secretaria de Desenvolvimento Urbano).

Com público majoritário formado por jovens, o evento contava com show ao vivo. O organizador não foi localizado e não havia alvará para o lugar.

Em Minas Gerais, uma festa com 100 pessoas foi encerrada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, na madrugada de quinta. Aglomeradas e sem máscaras, as pessoas se reuniam numa festa no bairro Shopping Park.

Em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, cerca de 100 pessoas estavam numa festa que ocorreu após um evento de cavalgada, num sítio. O cenário encontrado foi o mesmo: aglomeração e ausência de máscaras. O organizador do evento foi detido.

Eventos do tipo também foram registrados no feriado prolongado no Paraná. Em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, cerca de 80 pessoas foram flagradas numa festa num prédio. 

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