A farmacêutica norte-americana Pfizer pretende disponibilizar sua futura vacina contra a Covid-19 por valores menores para países com menor capacidade econômica, o que pode ter impacto sobre os preços para o governo brasileiro.
A diferença de precificação “ajuda a garantir a equidade de modo que todo os países possam ter acesso à nossa vacina”, de acordo com nota da empresa.
Segundo noticiou a Reuters, haverá três preços diferentes para a vacina: um para países desenvolvidos, outro para os países em desenvolvimento (como é o caso do Brasil) e um terceiro para países mais pobres.
Em nota, a Pfizer afirma que já está em contato com o governo brasileiro para tratar de uma possível aquisição da imunização, caso se confirmem os resultados positivos da pesquisa em andamento.
A vacina da farmacêutica, que ainda está em fase de aprovação, apresentou mais de 90% de eficácia na análise preliminar dos testes de fase 3 (última antes da aprovação), conforme divulgou a própria empresa na segunda-feira (9).
Os resultados ainda são parciais e não correspondem à conclusão do ensaio clínico.
Um dos aspectos que podem dificultar a distribuição da vacina no Brasil é a temperatura na qual ela deve ser mantida. Segundo a empresa, a imunização deve ser armazenada a -75°C.
Para contornar essa particularidade, a empresa diz ter desenvolvido um container com temperatura controlada que usará gelo seco para a vacina se mantenha a -75°C por até 15 dias.