quinta-feira, 25 abril 2024

Cresce uso de cinto nas estradas

Pesquisa divulgada na última sexta-feira (20) pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) aponta que cresceram nos últimos cinco anos os índices de motoristas e passageiros utilizando cinto de segurança durante as viagens de carro nas principais rodovias da região de Campinas, como a Anhanguera e a Bandeirantes.

De acordo com a Agência governamental, o primeiro levantamento do gênero é do final de 2014, quando foi apurado que o uso do equipamento de segurança entre motoristas e passageiros do banco dianteiro nas estradas da região era de 87% e 86%, respectivamente. Em agosto de 2019, a pesquisa foi refeita e a atualização dos dados aponta que houve significativo aumento do uso do cinto nas rodovias da região.

Hoje o equipamento é utilizado por 97% dos motoristas e 94% dos passageiros do banco dianteiro. Mas a evolução mais expressiva nesse tipo de comportamento, no entanto, ocorreu entre os passageiros do banco traseiro. Segundo o estudo, apenas 48% dos ocupantes do banco de trás usavam cinto em 2014. Agora são 71%. Por outro lado, é a pesquisa aponta ao mesmo tempo para um alerta: 29% dos viajantes do banco traseiro ainda insistem em transitar sem cinto.

De acordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), “deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança, conforme previsto no artigo 65, é infração grave, com cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação), e multa de R$ 195,23”. O novo levantamento integra um pacote com mais de mil ações promovidas ou apoiadas pelo Governo do Estado na “Semana Nacional do Trânsito”, iniciada no último dia 18 e que vai até quarta-feira (25).

CAMPANHAS

Talvez os aumentos nos índices de utilização do cinto de segurança nas estradas da região sejam reflexo do medo da multa. Mas o fato é que a Agência prefere atribuir a melhoria nos índices à ampliação das campanhas e ações educativas promovidas nos últimos cinco anos tanto pela Artesp como pelas concessionárias que administram as principais rodovias. “Avaliamos os resultados da primeira pesquisa e vimos a necessidade de intensificar as campanhas educativas, principalmente em relação ao cinto de segurança no banco de trás onde poucas pessoas viajavam com o equipamento”, comenta Viviane Riveli, Coordenadora de Segurança Viária da Artesp.

Ainda segundo a Agência, desde o primeiro estudo, em 2014, a Artesp “vem trabalhando permanentemente o tema do cinto de segurança em suas campanhas e em materiais educativos que são distribuídos nas rodovias paulistas, em escolas, universidades e em municípios parceiros”. Uma das principais ações de conscientização é um “simulador de impacto” desenvolvido pela Artesp em 2015.

É um equipamento interativo, que reproduz o efeito de uma batida de carro, permitindo que pessoas dispostas ao teste tenham parte da sensação de uma freada brusca. O objetivo é reforçar em condutores e passageiros a percepção sobre a importância da utilização do cinto. O aparelho já percorreu 109 cidades paulistas, onde foi testado por 45 mil pessoas, que passaram pela experiência e receberam informações sobre os riscos de trafegar sem o cinto de segurança.

Além disso, a Artesp inclusive já desenvolveu uma campanha publicitária baseada nas desculpas dadas para não usar o cinto, como “a gente vai só até ali”, ou “qualquer coisa o banco da frente protege” – o que é um grave erro, já que, em caso de acidente, o passageiro do banco traseiro sem cinto é arremessado sobre o ocupante do banco à frente, provocando ferimentos em ambos. “As pessoas têm uma falsa sensação de segurança de que o banco da frente protege o passageiro em caso de impacto. Também têm a percepção de que no banco traseiro não serão multadas pela dificuldade de fiscalização. Com isso, se arriscam muito, principalmente nas rodovias, onde a velocidade autorizada pode chegar a 120 km/h”, avalia Viviane.

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também