sexta-feira, 19 abril 2024

Crivella e Paes trocam ofensas e ameaças em último debate

O último debate entre o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) e seu antecessor Eduardo Paes (DEM) antes do segundo turno, promovido pela TV Globo, foi marcado por troca de ofensas e ameaças por expectativa de prisão. Crivella tomou a iniciativa das acusações e afirmou que Paes será preso durante seu mandato caso seja eleito. O candidato do DEM devolveu a acusação, referindo-se à investigação de suspeitas de corrupção na atual gestão.

“Já concorri em eleição com pessoas como ele. Eles ganharam a eleição. Ganharam mesmo? Não, foram presos. Eduardo Paes vai ser preso, porque cometeu os mesmos erros”, disse o prefeito, referindo-se aos ex-governadores Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.

“Ele que morre de medo de ser preso quando aquele Rafael Alves começar a falar”, respondeu Paes, mencionando o empresário amigo do prefeito pivô das investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Crivella buscou cunhar a expressão “Eduardo Paes rouba, mas faz”, enquanto o ex-prefeito manteve a acusação de “pai da mentira” explorada em sua propaganda de TV. As trocas de acusações levaram a dois direitos de resposta para cada candidato no primeiro bloco, sendo que cada um teve mais um negado pela emissora. Mesmo no bloco com temas propositivos definidos por sorteio pela emissora, as referências a possíveis prisões voltou a ser feita.

A Procuradoria Regional Eleitoral ofereceu denúncia contra Crivella por difamação eleitoral e propaganda falsa por associar Paes e PSOL a “pedofilia nas escolas”.

Os dois candidatos que disputam a prefeitura foram alvos de operações policiais às vésperas do início da campanha.

Paes foi alvo de busca e apreensão em razão de uma acusação por corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral pela prática de caixa dois na eleição de 2012 com recursos da Odebrecht. Ele se tornou réu e responde pelos supostos crimes na Justiça Eleitoral.

Crivella, por sua vez, também sofreu buscas em sua casa e gabinete numa investigação sobre um suposto esquema de cobrança de propina dentro da prefeitura. Ainda não há denúncia nesse caso.

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