domingo, 5 maio 2024
ATENÇÃO

Dados mostram que 16 mil pessoas morreram no Brasil em acidentes de trabalho

Números são referentes de 2016 a 2022, um aumento de 25,4% nos óbitos no período.
Por
Ana Flávia Defavari
Foto: Ilustrativa | Freepik

Um levantamento realizado pelo Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho mostra que entre 2016 e 2022 houve um aumento de 25,4% no número de óbitos por acidente de trabalho, números foram de 2.265 em 2016 para 2.842 em 2022 um total de 15,9 mil pessoas mortas no período.

Remígio Todeschini, diretor de Conhecimento e Tecnologia da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho), ressaltou que os números são apenas de trabalhadores que atuavam com carteira assinada.

“Esses são os acidentados que têm vínculo de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Porque, por exemplo, todo o pessoal de aplicativos está fora daí. E aí quando você fala em geral no Brasil, você tem 12 mil mortos de motocicleta no país por ano. E a grande maioria deles é de trabalhadores que não têm registro”, destaca.

Os números ainda mostram um aumento nos acidentes trabalhistas não letais que durante o período de 2016 a 2022 foram de 354.084 para 418.684, um aumento de 11,7%. Os acidentes de trajeto também registraram elevação, de 16%: aumentaram de 108.150, em 2016, para 125.505, em 2022.

No total, os casos de acidentes típicos, incapacidade permanente, doenças do trabalho, óbitos, e acidentes de trajeto totalizaram 656.667 em 2022, uma alta de 10,6% sobre o registrado em 2016.

Remígio diz que uma das medidas para diminuição desse cenário é a vigilância e a cobrança de cumprimento das normas de segurança do trabalho, assim como a implementação de serviços de gerenciamento de risco dentro das empresas e a instalação de processos que usem a participação do trabalhador nas comissões internas de prevenção de acidentes.

“É preciso que haja uma reversão das políticas compensatórias e indenizatórias para políticas de promoção, proteção, prevenção dos acidentes, com essa participação ativa dos envolvidos”, destaca.

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