sexta-feira, 19 abril 2024

Democratas condenam envio de supostos explosivos a Obama, Hillary e CNN

A 13 dias para as disputadas eleições legislativas dos Estados Unidos, os principais nomes democratas que vieram a público condenar o envio de pacotes contendo artefatos explosivos a proeminentes figuras do partido adotaram um tom político em suas declarações.

Pelo menos seis objetos suspeitos foram enviados entre segunda-feira e ontem a políticos do partido ou ligados a ele, como o ex-presidente Barack Obama e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, além do megainvestidor George Soros, grande doador democrata.

A emissora CNN, feroz crítica do republicano Donald Trump, recebeu um pacote com explosivo e um envelope com pó branco não identificado. O prédio onde fica a redação da emissora foi esvaziado.

Na Califórnia, a Redação do jornal The San Diego Union-Tribune também foi esvaziada ontem, após um artefato suspeito ser encontrado em frente ao edifício onde é produzida a publicação, em San Diego.

No prédio também está localizado o escritório da senadora democrata Kamala Harris, mas sua porta-voz negou que ela tenha sido destinatária.

Em declarações no início da tarde, Hillary, que foi derrotada por Donald Trump nas eleições presidenciais de 2016, criticou as divisões no país e pediu votos para eleger políticos que possam mudar o atual cenário.

Os democratas tentam retomar o controle da Câmara dos Deputados e do Senado, hoje nas mãos dos republicanos.
“É um tempo perturbador, não é? E é um tempo de profundas divisões, e nós temos que fazer tudo o que pudermos para unificar nosso país”, disse.

Fazendo referência às eleições legislativas de 6 de novembro, ela afirmou que os eleitores precisam votar em candidatos que entendam quais desafios os EUA enfrentam. “Como pessoa, estou bem. Como americana, estou preocupada”, afirmou.
Em coletiva convocada pelos responsáveis pelas investigações, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, e o governador do estado, Andrew Cuomo -ambos democratas- criticaram as divisões e o extremismo crescente.

“Isso é claramente um ato de terror”, afirmou o prefeito. “É um tempo muito doloroso em nosso país. É um tempo em que as pessoas estão sentindo muito ódio no ar. Incidentes como esse exacerbam essa dor, e exacerbam o medo.”

Outro nome apontado como grande adversária de Trump em 2020, a senadora Elizabeth Warren, de Massachusetts, escreveu: “A violência contra cidadãos privados, oficiais públicos e organizações de imprensa não tem lugar em nossa democracia.”

TRUMP
Ontem à tarde, Trump fez um discurso no qual pediu união. Em evento na Casa Branca, ele defendeu que se investigue a origem dos artefatos explosivos.

“Eu só quero dizer a vocês que nesses tempos nós temos de nos unir, nós temos que nos juntar e enviar uma mensagem clara, forte e inconfundível de que atos ou ameaças de violência política de qualquer tipo não têm lugar nos EUA”, disse.

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