sexta-feira, 26 abril 2024

Desemprego cai para 11,9% no 3º trimestre e atinge 12,5 mi

O crescimento da mão de obra informal a níveis recordes empurrou a taxa de desemprego brasileira para 11,9% no terceiro trimestre, ante 12,4% de abril a junho, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ontem.

A população ocupada aumentou em 1,5% no período, somando 92,6 milhões de brasileiros. O número de desocupados, por sua vez, caiu 3,7% (-474 mil), para 12,5 milhões de pessoas.

O número de trabalhadores na informalidade, contando funcionários do setor privado sem carteira e por conta própria, no entanto, supera o de empregados formais.

“Tem uma retirada de pessoas da fila da desocupação, uma queda de quase meio milhão de pessoas. O problema maior desse avanço é que isso se deu em emprego sem carteira e por conta própria. É um resultado favorável, mas voltado para informalidade e aumento da subocupação”, disse o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

A quantidade de empregados no setor privado sem carteira assinada cresceu 4,7% em relação ao trimestre anterior, chegando a 11,5 milhões de pessoas. O volume é recorde na série histórica atual da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, iniciada em 2012.

Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 5,5%.

Já os trabalhadores por conta própria cresceram 1,9% na comparação trimestral, alcançando 23,5 milhões de pessoas, também o maior contingente da série. Na base anual, o avanço foi de 2,6%.

Enquanto isso, o total de empregados com carteira assinada se manteve praticamente estável na comparação com o trimestre anterior -variou de 32,8 milhões de trabalhadores para 32,97 milhões- e com o mesmo trimestre do ano passado (33,3 milhões).

SEM ÂNIMO
Apesar da melhor no contingente de ocupados, o volume de mão de obra subutilizada -desempregados, pessoas que gostariam de trabalhar mais e aqueles que desistiram de buscar emprego- permaneceu estável em 27,3 milhões na comparação com o trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2017, houve aumento de 2,1%.

Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, contingente de 6,9 milhões de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas também é recorde.

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