sexta-feira, 22 novembro 2024

Dezesseis anos sem João Paulo II

Este dia 2 de abril marca os 16 anos da morte de São João Paulo II. Em 2005, o dia 2 de abril era um sábado e na Praça S. Pedro milhares de fiéis estavam em oração até que o então substituto na Secretaria de Estado, Cardeal Leonardo Sandri, fez o seguinte anúncio:

“Caros irmãos e irmãs, às 21h37, o nosso amado papa João Paulo II voltou à casa do Senhor. Rezemos por ele”. As palavras do cardeal argentino foram seguidas de comoção e a partir daí a voz de “santo já” se espalhou entre os peregrinos que vieram a Roma se despedir do papa polonês. A sua canonização, em 27 de abril de 2014, foi presidida pelo Papa Francisco, com a presença de Bento XVI.

A Páscoa de 2005 ficou marcada como a última de São João Paulo II. De modo especial, as imagens da Via-Sacra ficaram indeléveis, com o futuro Santo que acompanhava do Palácio Apostólico as meditações que naquele ano foram escritas pelo então Cardeal Joseph Ratzinger.

Neste ano, ao confiar as meditações da Via Sacra às crianças, o Papa Francisco nos convida a olhar o sofrimento da humanidade – especialmente neste tempo marcado pela pandemia – através dos olhos dos pequenos. Ele nos pede, de alguma forma, que nos baixemos para olhar o mundo na altura do olhar das crianças.

Isso foi sublinhado durante o tradicional briefing para as transmissões em todo o mundo realizado no Palácio Pio pelo vice-diretor editorial da Mídia do Vaticano, Alessandro Gisotti, e por Roberto Romolo, chefe do Escritório de Relações Internacionais da Mídia do Vaticano. No início do briefing foi lembrado que hoje é o 16º aniversário da morte de São João Paulo II, cuja última Via-Sacra, em 25 de março de 2005, permanece inesquecível.

Como na Páscoa de 2020, as celebrações são fortemente influenciadas pelas medidas anti-Covid-19 , em particular no que diz respeito à participação das pessoas nos eventos. Também este ano a Via-Sacra será realizada na Praça São Pedro: as estações serão colocadas ao redor do obelisco e ao longo do caminho que leva ao adro da igreja. Neste ano, é particularmente significativa a escolha de colocar as tochas que traçam o caminho no chão: estas de fato formarão uma grande cruz luminosa que se estende sobre a praça vazia. A cruz será carregada por um grupo de jovens e educadores aos quais foram confiadas as meditações que serão lidas pelos próprios autores. Cada meditação corresponde a um desenho que será exibido na televisão ao vivo.

Quanto à Vigília Pascal, foi relatado que não serão administrados batismos, mas haverá a renovação das promessas batismais. A Missa da Páscoa será celebrada no Altar da Cátedra onde o Papa pronunciará a mensagem pascal e concederá a bênção Urbi et Orbi. O Cardeal que anunciará a concessão da indulgência antes da bênção do Papa este ano será o Cardeal Mauro Gambetti, recém-nomeado Arcipreste da Basílica Papal de São Pedro. No Natal, foi lembrado, foi seu antecessor, o Cardeal Angelo Comastri, que o anunciou antes da bênção Urbi et Orbi.

Como acontece há 35 anos, a decoração floral na Praça São Pedro na Páscoa está sendo realizada por floricultores holandeses, tradição que infelizmente foi interrompida no ano passado devido à pandemia. Nesta Páscoa, os floricultores holandeses prestam mais uma vez homenagem ao Papa, em particular com as rosas Avalanche, que se destinam a decorar o altar da Cátedra de São Pedro durante a missa. Isto representa um sinal de proximidade para com os que estão sofrendo com a pandemia: algumas destas rosas serão, de fato, dadas a lares para idosos em Roma.

Está prevista a participação de mais de 170 órgãos conectados, além das ulteriores distribuições por parte das principais agências internacionais. Esta cobertura global tem sido ampliada, há muitos anos, através da transmissão via web, que também fará uso de um serviço na língua de sinais, graças ao projeto “Ninguém excluído” lançado pelo Dicastério para as Comunicações. (com informações do Vatican News)

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