sábado, 20 abril 2024

Doria fala em toda a população de SP vacinada até o fim do ano

Toda a população do estado de São Paulo “será vacinada até o fim do ano”, afirmou o governador João Doria (PSDB) em entrevista ao UOL nesta terça-feira (2). “Até o final do ano [a população será vacinada], sim. Vamos seguir o plano nacional de imunização. E onde o plano nacional não atuar, o plano estadual vai”, afirmou Doria.
São Paulo está imunizando a população com doses da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida pelo Instituto Butantan, e também com a vacina de Oxford/AstraZeneca. O estado recebeu mais de 500 mil doses do imunizante desenvolvido pela universidade britânica.
O governador citou como exemplo de funcionamento do plano estadual a vacinação dos quilombolas – o grupo fazia parte dos prioritários a serem vacinados contra a Covid-19 no plano divulgado pelo estado em dezembro de 2020. Em janeiro, no entanto, eles não estavam mais na lista daqueles que seriam imunizados em São Paulo.
Doria atribuiu a exclusão a uma ação do Ministério da Saúde, que teria retirado os quilombolas da fase inicial do PNI (Plano Nacional de Imunização). Após reportagem do portal G1, o governador determinou a inclusão do grupo no plano estadual. “Por que a exclusão dos quilombolas? Só por que são negros, são pobres, não podem bajular o presidente Jair Bolsonaro?”, disse ontem o governador paulista.
Sobre o risco de faltarem doses para a segunda aplicação das vacinas – tanto a CoronaVac como a vacina de Oxford requerem uma segunda dose -, Doria garantiu que o estado não enfrentará esse problema. “Aqui não há risco. Teremos a segunda dose para todos que tomaram a primeira”, afirmou.
Para o governador de São Paulo, o Butantan está “sustentando” a vacinação até agora no país, e é preciso investir na aquisição de mais vacinas. O tucano disse ainda que o governo federal “errou feio” ao apostar em uma única vacina, a de Oxford.
“Nós precisamos que o governo federal forneça mais vacinas”, declarou. “O governo federal errou, e errou feio, ao escolher uma vacina. Hoje, o que sustenta o programa nacional é a vacina do Butantan, que chegou a ser proibida pelo presidente Jair Bolsonaro. Esse é o enfrentamento. Precisamos de mais vacinas”, afirmou.
O estado de São Paulo foi o primeiro a iniciar a imunização contra a Covid-19 no Brasil. No dia 17 de janeiro, quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o uso emergencial da Coronavac, Doria iniciou a vacinação dos profissionais de saúde.
Para Doria, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contribuiu para que houvesse atraso no início da campanha de imunização no país – o governador, inclusive, acusou o governo federal de “sabotagem” ao resistir em aceitar em aceitar a vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac e pelo Instituto Butantan e de interferir na decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de aprovar o imunizante.
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