O novo indicador diário de atividade econômica elaborado pelo Itaú Unibanco mostra que a economia brasileira atingiu o fundo do poço no dia 28 de março e, três meses depois, havia recuperado praticamente metade das perdas verificadas em relação à primeira quinzena de março, pouco antes do anúncio de medidas de isolamento social por vários Estados e municípios.
O economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, afirma que os indicadores econômicos sugerem que o pior da atividade econômica ficou para trás, mas que há um risco de curto prazo, que é uma segunda onda da doença que afete a retomada da atividade, e um para o final do ano, que é o fim das medidas de compensação de perda de renda.
O Idat (indicador diário de atividade) foi elaborado considerando um patamar de 100 pontos para a primeira quinzena de março. Chegou a 55 pontos no dia 28 daquele mês e, no último dado disponível, marcou 77 pontos no último domingo (28).
Quando considerada a média mensal, o indicador atingiu o nível mais baixo em abril (66 pontos), tendo se recuperado em maio (73) e junho (82, no dado parcial). Também nessa comparação, recuperou cerca de metade das perdas. “Uma recuperação consistente depende de não termos de voltar a adotar, de forma generalizada pelo país, medidas de isolamento social mais rígidas por uma eventual segunda onda da doença”, afirmou Mesquita.