Terceiro colocado na disputa presidencial, Ciro Gomes articula a formação de um movimento que seja um contraponto à frente de esquerda, mas que também faça oposição ao presidente eleito Jair Bolsonaro no Congresso.
A ideia é formar uma frente parlamentar com integrantes de partidos como PSB, PSDB, PPS e DEM que não pretendem aderir à base aliada do capitão reformado e que têm resistência ao grupo liderado por PT e PC do B.
Pelos cálculos de Ciro, Bolsonaro deve contar com o apoio de cerca de 175 deputados federais . O campo oposicionista formado por partidos de esquerda soma em torno de 90. A estratégia é tentar elevar para pelo menos 120.
“O objetivo é ampliar a centro-esquerda. Eu imagino que o PSDB não vai querer se associar ao PT e, pelo menos a parte mais sadia da sigla, não vai querer se associar ao Bolsonaro. E por antipetismo vamos ficar longe deles?”, disse Ciro à Folha de S.Paulo.
O pedetista não exclui a participação de petistas no movimento, mas critica a articulação do partido.