O estado de São Paulo registrou o maior número de pacientes com Covid-19 internados em UTIs (unidades de Terapia Intensiva) desde o início da pandemia. Segundo o secretário-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus, João Gabbardo, 6.410 pessoas estavam internadas em leitos intensivos nesta segunda-feira (22).
No pico da pandemia, em julho do ano passado, o estado registrou 6.257 pacientes em UTIs, de acordo com o secretário de estado da Saúde, Jean Gorinchteyn. “Ultrapassamos um numerário histórico da pandemia”, disse em entrevista coletiva à imprensa na tarde desta segunda, no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi (zona oeste da capital paulista).
Para Gabbardo, os pacientes têm permanecido mais tempo na UTI do que o previsto pelo comitê de controle da pandemia, um sinal de que os doentes têm sido internados em condição pior.
Diante do aumento da ocupação de leitos, o comitê fez uma lista de recomendações extraordinárias, além das que já constam do Plano São Paulo, para tentar frear a circulação do vírus.
As medidas estão sendo analisadas pela gestão João Doria (PSDB) – que avalia a viabilidade jurídica das ações – e devem ser anunciadas nesta quarta-feira (24).
“São recomendações que, obviamente, vão tratar de redução da mobilidade, redução da movimentação das pessoas e é o que a gente pode fazer nesse momento para reduzir a transmissibilidade”, disse Gabbardo, que ainda informou que as novas medidas já começam a valer na próxima sexta-feira (26).
Em relação a última semana, o estado teve um aumento de 5,6% na média diária de novas internações, chegando a 1.538 pacientes. A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 67,9% no estado e 67,8%. Segundo o secretário, o aumento de internações mostra uma circulação mais intensa do vírus na região.