terça-feira, 12 agosto 2025

‘Estamos reagindo devagar’, diz Drauzio Varella sobre varíola dos macacos

Em entrevista à GloboNews, médico pediu que o Ministério da Saúde tenha mais agilidade nas ações contra a doença, como conseguir vacinas

Drauzio Varella pediu mais agilidade do Ministério da Saúde em ações contra a varíola dos macacos, conhecida como monkeypox. Em entrevista à GloboNews neste sábado (30), o médico disse que a reação à doença está sendo lenta.

“Veja o que aconteceu no Brasil. A doença chegou em maio, nós já temos mais de 1.000 pessoas infectadas”, disse. “Nós estamos num surto epidêmico e acho que estamos, pra variar, reagindo devagar”.

Ele reforçou que o Brasil deve trabalhar para conseguir vacinas contra a varíola humana, que em 1980 foi declarada erradicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essas doses podem ser usadas contra a varíola dos macacos, que ainda não tem uma vacina específica.

“Essa varíola [dos macacos] é igual àquela [varíola humana]? Não, não é igual. Mas o vírus é muito parecido”, explicou o médico.

“O ministério tem que agir ativamente para conseguir vacina, as poucas que existem no mundo. E, como nós vimos para a Covid, nosso ministério não é muito ativo nessa área”. “É importante que a gente tenha vacina, que o ministério lute, que o país use toda a pressão internacional que puder para conseguir vacinas contra a monkeypox”, continuou.
O Ministério da Saúde afirmou que “articula com a Organização Mundial da Saúde (OMS) as tratativas para aquisição da vacina monkeypox”. A pasta também declarou que a OMS “coordena junto ao fabricante, de forma global, ampliar o acesso ao imunizante nos países com casos confirmados da doença”.

Na sexta-feira (29), o Ministério da Saúde confirmou a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil. O paciente, um homem de 41 anos, estava internado em um hospital de Belo Horizonte e morreu na quinta-feira (28).

A recomendação da OMS é de que, onde há transmissão comunitária da monkeypox (como no Brasil), a vacinação deve ser direcionada a pessoas com alto risco de exposição à doença.

Os grupos incluem: homens gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), profissionais de saúde lidando com casos suspeitos ou confirmados, alguns profissionais de laboratório e pessoas que fazem sexo com múltiplos parceiros.

Além da vacinação, as ações de combate ao vírus também incluem: comunicação de risco direcionada e envolvimento da comunidade, detecção e isolamento de casos, tratamento de suporte e rastreamento de contatos.

Via G1

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