sexta-feira, 22 novembro 2024

Estudantes criam site que conecta refugiados ucranianos a anfitriões que oferecem moradia gratuita

Recebi mensagens de anfitriões falando sobre eles aceitarem refugiados em todos os lugares, da Suécia a Seattle, em todos os lugares 

Avi Schiffmann e Marco Burstein disseram que queriam ajudar o povo da Ucrânia desde o início da invasão russa ao país (Foto: Reprodução)

Em 2 de março, a dupla de estudantes de Harvard (Avi Schiffmann e Marco Burstein) lançou o Ukraine Take Shelter, onde refugiados da guerra podem encontrar imediatamente anfitriões com acomodações de todos os tipos, muitos delas aceitando animais de estimação da família, disponível em nada menos que 12 idiomas.

“Temos de tudo, desde locais que oferecem um sofá extra que alguém pode ter sobrando, até um celeiro espaçoso que pode acomodar três famílias a uma universidade inteira com dormitórios extras”, disse Avi. “Qualquer coisa, mesmo.”

No portal, refugiados ucranianos que fogem da guerra podem encontrar imediatamente anfitriões com quartos livres, apartamentos não utilizados em resorts, cidades grandes ou pequenas, ou dormitórios escolares.

Em entrevista à revista People, Avi Schiffmann e Marco Burstein disseram que queriam ajudar o povo da Ucrânia desde o início da invasão russa ao país, no dia 24 de fevereiro.

Foi quando então a dupla iniciou um contato, e pensaram juntos em desenvolver um serviço de ajuda –  “Trabalhamos sem parar por cerca de três dias”, disse Marco, um calouro de 18 anos de Los Angeles. “Nós basicamente não dormimos nesse meio-tempo.

A maioria das acomodações está em países europeus, mas as listagens abrangem todo o mundo, dizem os dois.

“É como um boletim público”, diz seu criador, “como uma versão simplificada do Airbnb, focada em refugiados ucranianos”.

Até a sexta-feira passada (17), havia mais de 25.000 anúncios de anfitriões ativos no site e voluntários o traduziram para mais de uma dúzia de idiomas. “É incrível”, diz Marco, co-criador da iniciativa, “ver quantas pessoas estão dispostas a ajudar e a contribuir”.

Embora a dupla afirme que não têm números exatos de quantos refugiados encontraram moradia, uma vez que as pessoas não precisam se inscrever para usar os serviços do site, eles estimam que ajudaram centenas, possivelmente milhares – deduzidos do número de anúncios que os anfitriões removeram quando os espaços aparentemente foram preenchidos.

“Recebi mensagens de anfitriões falando sobre eles aceitarem refugiados em todos os lugares, da Suécia a Seattle, em todos os lugares”, diz Avi.

Uma família de seis pessoas que o site dos estudantes ajudou, estava se escondendo no porão de Kharkiv enquanto a cidade estava sob ataque, de acordo com a BBC.

A família usou o Ukraine Take Shelter, informou o portal, para se conectar com uma mulher britânica que pagou até os custos de sua viagem.

“Ver como isso ajudou tantas pessoas e receber mensagens de anfitriões e refugiados foi realmente incrível”, disse Marco à revista People. “Fomos realmente inspirados pelo que vimos de pessoas de todo o mundo.”

Captura do aplicativo desenvolvido (Foto: Divulgação)

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