sexta-feira, 19 abril 2024

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro falta a depoimento; defesa diz que foi internado

O policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), faltou pela segunda vez ontem a depoimento no Ministério Público do Rio de Janeiro para explicar a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em sua conta.

A Promotoria afirmou que a defesa do PM disse que ele “precisou ser internado na data de hoje, para realização de um procedimento invasivo com anestesia, o que será devidamente comprovado, posteriormente, através dos respectivos laudos médicos”.

Queiroz já havia faltado na quarta-feira a depoimento no Ministério Público em razão de “urgência médica”.

O MP-RJ afirmou que vai sugerir ao presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), André Ceciliano (PT), o comparecimento de Flávio Bolsonaro no dia 10 de janeiro para prestar esclarecimento sobre o caso.

Os familiares de Queiroz e outros assessores de Flávio Bolsonaro citados no relatório foram chamados a depor no dia 8.
Relatório do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) apontou que Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 -entre depósitos, saques e transferências.

O órgão considerou atípicos o volume e a forma com que as operações foram feitas. O alerta do Coaf, contudo, não significa a identificação de uma prática criminosa. A promotoria apura a origem e o destino do dinheiro movimentado.

PAGAMENTOS
Os dados do relatório apontam coincidências entre as datas de pagamento de salários da Alerj, depósitos em espécie na conta de Queiroz e saques em dinheiro pelo policial militar. A suspeita é que o policial militar fosse o responsável por recolher parte do salário dos funcionários de Flávio Bolsonaro -prática em alguns gabinetes do Legislativo. O senador eleito nega essa hipótese.

O caso foi revelado há 15 dias sem que uma explicação para a movimentação financeira do policial militar fosse dada.

Bolsonaro afirmou há duas semanas que o ex-assessor havia dado uma versão “bastante plausível” para as entradas e saídas de dinheiro em sua conta. Contudo, não divulgou a linha de defesa do PM por, segundo disse, não poder se responsabilizar por ela.

A única explicação dada até o momento refere-se ao cheque de R$ 24 mil emitido por Queiroz para a futura primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que o valor se refere ao pagamento de uma dívida de, no total, R$ 40 mil.

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