sexta-feira, 19 abril 2024

Ex-patroa acusada na morte de Miguel é indiciada por abandono de incapaz

A Polícia Civil de Pernambuco indiciou ontem, por abandono de incapaz, Sarí Côrte Real, ex-patroa da mãe do garoto Miguel Otávio de Santana, 5, que morreu no dia 2 de junho após cair do 9º andar de um prédio no Recife (PE).

A criança estava aos cuidados de Sarí, enquanto sua mãe, a empregada doméstica Mirtes Renata de Souza, passeava com a cadela pertencente à ex-patroa.

De acordo com o artigo 133 do Código Penal, o crime de abandono de incapaz tem previsão de pena de reclusão de 4 a 12 anos.

No dia do crime, a Polícia Civil chegou a prender Sarí em flagrante por homicídio culposo após ela deixar Miguel sozinho no elevador. Ele então se deslocou até um andar mais alto, escalou um buraco de ar condicionado, caiu e morreu.

O delegado Ramon Teixeira informou que a investigação provou que Sarí abandonou a criança de maneira consciente. Em depoimento, ela disse que tinha se confundido e havia deixado a porta do elevador se fechar no momento em que a filha dela a chamou.

“Entendemos que ela permite consciente e livremente o fechamento da porta”, diz o delegado. No entanto, de acordo com a investigação, isso não prova que Sarí quis de maneira dolosa a morte.

O inquérito foi concluído e será remetido ao Ministério Público, que pode modificar o tipo penal.

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