domingo, 10 agosto 2025

Fachin cobra Poderes para respeitarem eleições

A declaração foi feita durante o 24º Congresso Brasileiro de Magistrados, realizado em Salvador (BA) pela Associação dos Magistrados Brasileiros 

Ministro | Edson Fachin (Foto: Rovena Rosa/Agencia Brasil)

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Edson Fachin, afirmou nesta sexta-feira (13) que a Justiça Eleitoral jamais ficará de “joelhos dobrados” e que é necessário que todos os Poderes digam que irão respeitar o resultado das urnas neste ano.

“Os Poderes Legislativo e Judiciário estão em harmonia com a Constituição e defendem o respeito às urnas e é necessário que todos os Poderes digam, sem subterfúgios, que vão respeitar o resultado das urnas das eleições de 2022”, afirmou.

A declaração foi feita durante o 24º Congresso Brasileiro de Magistrados, realizado em Salvador (BA) pela Associação dos Magistrados Brasileiros. A fala também vem em um contexto de nova ofensiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas, que levou o ministro a “aumentar o tom” na quinta (12) em pronunciamento no TSE e dizer que as eleições são assunto das “forças desarmadas”.

“Nenhuma instituição ou autoridade a Constituição permite poderes que são exclusivos da Justiça Eleitoral. Não permitiremos a subversão do processo eleitoral -e digo, com todas as letras, para que não tenham dúvida, para remover a Justiça Eleitoral de suas funções terão que antes remover este presidente da sua presidência. Diálogo sim, joelhos dobrados, jamais”, afirmou Fachin.

O magistrado ainda disse que “teria antes que ser retirado da presidência” para permitir que alguém desrespeite as eleições. “O Brasil tem e terá eleições íntegras.”

BOLSONARO
Bolsonaro usou nesta nesta sexta-feira um evento de formatura de integrantes da Polícia Militar em São Paulo para fazer um ataque indireto ao STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente não citou o tribunal, mas disse que marginais estão fustigando as pessoas de bem e roubando a liberdade de expressão, em uma provável referência ao recente caso do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo STF e que depois teve o perdão de sua pena decretado por Bolsonaro.

“Nós, pessoas de bem, civis e militares, precisamos de todos para garantir a nossa liberdade. Porque os marginais do passado hoje usam de outras armas, também em gabinetes com ar-condicionado, visando roubar a nossa liberdade”, disse. “E começam roubando a nossa liberdade de expressão, fustigando as pessoas de bem.” 

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também