A vacina contra a Covid-19 da fabricante AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford começará a ser entregue ao Ministério da Saúde a partir do dia 8 de fevereiro. As informações são da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz, do Rio), responsável pela produção da vacina no Brasil.
A declaração ocorreu em audiência realizada nesta terça-feira (22) pela Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha as ações de combate à Covid-19.
De acordo com Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz, serão entregues 1 milhão de doses de 8 a 12 fevereiro e mais 1 milhão na semana seguinte para o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. A partir de então, serão 700 mil doses diariamente.
A presidente da Fiocruz esclareceu que está havendo um esforço para tentar adquirir vacinas que sejam produzidas em outros laboratórios do mundo antes desse prazo. A intenção seria antecipar a vacinação.
“Haverá uma reunião com o diretor da AstraZeneca para ver essa possibilidade. O prazo com que estamos comprometidos é esse, mas estamos num esforço nacional para aumentar a proteção o mais rápido possível”, disse.
Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância da Saúde do Ministério da Saúde, disse que a pasta receberá ao menos 150 milhões de doses no primeiro semestre.
Desse total, estão incluídas as vacinas do Instituto Butantan, Pfizer e AstraZeneca.
Serão 100,4 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, 46 milhões da CoronaVac e 8 milhões de doses da Pfizer.
O secretário não deu uma data para o início da vacinação no Brasil.
O Ministério da Saúde prevê a compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer para 2021, sendo 8 milhões no primeiro semestre.
Em relação a CoronaVac, a promessa é 46 milhões de doses, que serão entregues de janeiro a março de 2021.
Arnaldo também falou que está prevista a compra de 330 milhões de seringas; a intenção é fechar o contrato no dia 10 de janeiro.
A nova versão do Plano Nacional de Vacinação foi entregue em 16 de dezembro. Nele consta os novos grupos prioritários para receber a imunização e eleva de 300 milhões para 350 milhões o total de doses em negociação, mas evita dar datas para início da campanha e detalhar o cronograma de aplicação das doses.
Com 110 páginas, o documento também não traz data para início da vacinação, mas cita em alguns trechos a previsão de que isso ocorra no primeiro trimestre de 2021.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ter previsão de que a vacinação se inicie em fevereiro. A pasta tem defendido que a data depende do registro de uma vacina na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e de sua liberação. Até o momento, a agência não recebeu pedidos para registro ou uso emergencial.