A passagem de bastão se deu em meio a uma crise, já que Doria chegou a comunicar a aliados sua intenção de não renunciar e desistir da candidatura ao Planalto, o que prejudicaria os planos de Garcia
Ao visitar o restaurante popular Bom Prato de Paraisópolis, Garcia também evitou comentar o recuo de João Doria (PSDB), que ameaçou não deixar o cargo a ele. “Muita especulação e pouca realidade”, disse.
Numa mesa de plástico, ele assinou o livro de posse dentro do restaurante, onde tomou café da manhã. O tucano assumiu o Governo de São Paulo após a renúncia de Doria na quinta-feira (31).
A passagem de bastão se deu em meio a uma crise, já que Doria chegou a comunicar a aliados sua intenção de não renunciar e desistir da candidatura ao Planalto, o que prejudicaria os planos de Garcia. O agora governador quer disputar a reeleição neste ano.
A posse no Bom Prato, e não em uma solenidade na Assembleia Legislativa, como é o costume e como fez Márcio França (PSB) em 2018, já serve para marcar a diferença entre os estilos de Rodrigo Garcia e Doria, que é mais adepto aos holofotes e às formalidades.
Uma preocupação da campanha de Garcia é se descolar de Doria, que tem 30% de rejeição, segundo Datafolha.
Apesar de dizer a jornalistas que só falaria de política e eleição no segundo semestre, Garcia adotou tom de campanha ao se colocar como uma alternativa à polarização.
O governador deve apostar no discurso de terceira via para enfrentar Fernando Haddad (PT), candidato de Lula (PT), e Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro (PL).
“O Brasil vive hoje uma guerra de narrativas, uma briga ideológica, e isso não resolve o problema das pessoas”, disse.
“Eu não entrei na política para mudar a ideologia de ninguém, entrei na política para mudar a vida das pessoas. Não entrei na política para tentar convencer alguém de que o que eu penso é correto”, disse.