segunda-feira, 11 agosto 2025

Garcia antecipa tom de campanha no 1º dia

A passagem de bastão se deu em meio a uma crise, já que Doria chegou a comunicar a aliados sua intenção de não renunciar e desistir da candidatura ao Planalto, o que prejudicaria os planos de Garcia

A posse no Bom Prato, e não em uma solenidade na Assembleia Legislativa, como é o costume e como fez Márcio França (PSB) em 2018, já serve para marcar a diferença entre os estilos de Rodrigo Garcia e Doria (Foto: Divulgação)

O novo governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), afirmou nesta sexta-feira (1°) que ideologia não resolve problemas reais. O recado contra a polarização, dado em seu primeiro compromisso no novo cargo, antecipa o tom de sua campanha eleitoral.

Ao visitar o restaurante popular Bom Prato de Paraisópolis, Garcia também evitou comentar o recuo de João Doria (PSDB), que ameaçou não deixar o cargo a ele. “Muita especulação e pouca realidade”, disse.

Numa mesa de plástico, ele assinou o livro de posse dentro do restaurante, onde tomou café da manhã. O tucano assumiu o Governo de São Paulo após a renúncia de Doria na quinta-feira (31).

A passagem de bastão se deu em meio a uma crise, já que Doria chegou a comunicar a aliados sua intenção de não renunciar e desistir da candidatura ao Planalto, o que prejudicaria os planos de Garcia. O agora governador quer disputar a reeleição neste ano.

A posse no Bom Prato, e não em uma solenidade na Assembleia Legislativa, como é o costume e como fez Márcio França (PSB) em 2018, já serve para marcar a diferença entre os estilos de Rodrigo Garcia e Doria, que é mais adepto aos holofotes e às formalidades.

Uma preocupação da campanha de Garcia é se descolar de Doria, que tem 30% de rejeição, segundo Datafolha.

Apesar de dizer a jornalistas que só falaria de política e eleição no segundo semestre, Garcia adotou tom de campanha ao se colocar como uma alternativa à polarização.

O governador deve apostar no discurso de terceira via para enfrentar Fernando Haddad (PT), candidato de Lula (PT), e Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro (PL).

“O Brasil vive hoje uma guerra de narrativas, uma briga ideológica, e isso não resolve o problema das pessoas”, disse.

“Eu não entrei na política para mudar a ideologia de ninguém, entrei na política para mudar a vida das pessoas. Não entrei na política para tentar convencer alguém de que o que eu penso é correto”, disse. 

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