quarta-feira, 24 abril 2024

Governo vai priorizar vacinas da Pfizer e AstraZeneca em 2022

CoronaVac não está nos planos do ministério para o próximo ano 

Vacina | Ministério calcula que vai precisar de R$ 6,8 bilhões para vacinar novos grupos (Foto: Arquivo/ TodoDia Imagem)

O Ministério da Saúde prioriza a compra de doses das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca para a campanha de imunização contra a Covid-19 em 2022. A ideia é garantir de 100 milhões a 150 milhões de unidades de cada modelo, os únicos com registro definitivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e já incorporados ao SUS. A Saúde ainda estima que pode precisar de R$ 6,8 bilhões a mais para adicionar novos grupos no plano de vacinação do próximo ano. Em documentos internos, a pasta cita a perspectiva de imunizar crianças a partir de 3 anos.

A equipe do ministro Marcelo Queiroga, porém, ainda faz cálculos sobre quanto terá de desembolsar em 2022 com toda a campanha. A ideia é tentar reduzir custos e ainda passar parte da conta ao setor privado.

Nesta quinta-feira (7), o Ministério da Saúde informou à CPI da Covid que negocia contrato de 100 milhões de doses da Pfizer para 2022, com opção de compra de outras 50 milhões. A Saúde não detalhou o cronograma de entrega destes novos lotes nem o valor que deve ser pago por dose.

Na resposta à comissão, o ministério disse que ainda deve distribuir 73,7 milhões de doses até o fim de 2021. Como há 207,8 milhões de unidades que ainda devem chegar à Saúde neste ano, o governo calcula sobra de 134,9 milhões de vacinas para 2022.

As sobras seriam somadas às doses em negociação com a Pfizer. O governo não descarta a compra de outros modelos, especialmente da Janssen, mas prioriza negociar vacinas já registradas.

CORONAVAC
Auxiliares de Queiroga afirmam que a CoronaVac não está nos planos do próximo ano. Eles dizem notar desinteresse até do Instituto Butantan em comercializar a vacina, pois o laboratório paulista nem sequer pediu o aval definitivo da Anvisa. Em resposta à CPI, a Saúde também aponta que a Coronavac apresenta eficácia mais baixa para idosos acima de 80 anos e não é indicada como dose de reforço.

Em 2022, o orçamento para compra das vacinas contra Covid supera R$ 27 bilhões. Mas há apenas R$ 3,9 bilhões reservados no projeto de orçamento de 2022 para a compra de vacinas da Covid-19.

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