domingo, 13 julho 2025

Greve de motoristas afeta 15 empresas de ônibus de SP e fecha terminal

O rodízio de veículos está suspenso nesta terça-feira (14)

Terminal Casa Verde, na zona norte de SP, ficou vazio na madrugada desta terça (14) em razão da greve de ônibus municipais na capital paulista (Foto: Reprodução / Rivaldo Gomes)

Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo começaram na madrugada desta terça-feira (14) uma paralisação de 24 horas após não conseguirem acordo em reunião de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) entre o SindMotoristas (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo) e o SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo).

Segundo a SPTrans, durante a madrugada apenas 46 linhas noturnas das 150 existentes operaram normalmente. A paralisação atingiu 15 empresas que atuam no transporte coletivo da cidade.

A partir das 4h, a operação em todas as garagens dos grupos estrutural e de articulação regional foi interrompida. O grupo local de distribuição não foi afetado.

O rodízio de veículos está suspenso nesta terça. Placas com final 3 e 4 podem circular normalmente.

No Terminal Grajaú, na zona sul da capital, manifestantes usaram dois ônibus para interromper temporariamente o fluxo de veículos.

Com data-base em 1º de maio, as negociações salariais dos trabalhadores em transporte rodoviário de São Paulo começaram em março. A proposta do SindMotoristas é um reajuste salarial de 12,47%, referente ao índice do INPC/IBGE, entre outras reivindicações, como 100% das horas extras, fim da hora de almoço não remunerada e pagamento PLR (participação nos lucros e resultados), mas não houve concordância.

“A princípio o setor patronal insistiu em oferecer apenas 10% de reajuste e ainda de modo parcelado. Agora, ofereceram os 12,47%, mas apenas a partir de outubro, o que é inadmissível”, declarou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz, o Sorriso.

A SPTrans obteve decisão liminar na Justiça do Trabalho, no dia 31 de maio, que determina a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários. A multa diária para o caso de desobediência é de R$ 50 mil.

A SPTrans vai pedir à Justiça a cobrança da multa, além de autuar as empresas pelo não cumprimento das viagens obrigatórias.

“A Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, lamenta a paralisação de linhas de ônibus municipais e espera que trabalhadores e empresários cheguem em breve a um acordo para que a população de São Paulo não seja ainda mais penalizada”, diz nota da empresa.

Além da greve dos motoristas de ônibus, os passageiros enfrentam nesta manhã lentidão nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha do metrô.

Empresas com a operação paralisada em suas garagens

Santa Brígida (zona norte)
Gato Preto (zona norte)
Sambaíba (zona norte)
Express (zona leste)
Viação Metrópole (zona leste)
Ambiental (zona leste)
Via Sudeste (zona sudeste)
Campo Belo (zona sul)
Viação Grajaú (zona sul)
Gatusa (zona sul)
KBPX (zona sul)
MobiBrasil (zona sul)
Viação Metrópole (zona sul)
Transppass (zona oeste)
Gato Preto (zona oeste).

Empresas operando normalmente

Norte Buss (zona norte)
Spencer (zona norte)
Transunião (zona leste)
UPBUS (zona leste)
Pêssego (zona leste)
Allibus (zona leste)
Transunião (zona sudeste)
MoveBuss (zona leste)
A2 Transportes (zona sul)
Transwolff (zona sul)
Transcap (zona oeste)
Alfa Rodobus (zona oeste)

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