sábado, 23 novembro 2024

Lava Jato acusa Paulo Preto de lavagem de R$ 1,8 mi no exterior

A força-tarefa da Lava Jato no Paraná apresentou nova denúncia contra Paulo Vieira de Souza, conhecido por Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, empresa estatal paulista de construção e manutenção de rodovias. Ele é acusado de lavagem de dinheiro de US$ 400 mil em 2016. 
Paulo Preto está preso em Curitiba (PR) desde fevereiro, quando foi deflagrada a 60º fase da operação Lava Jato. Em março, ele já foi condenado a 145 anos de prisão por fraude nas obras do Rodoanel Sul em São Paulo, acusado dos crimes de peculato, associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público. 
Apontado como operador financeiro do PSDB, Preto foi diretor da Dersa entre 2005 a 2010, durante os governos de Geraldo Alckmin e José Serra. Ele também recebeu 27 anos de condenação por fraude a licitação e formação de cartel por irregularidades em obras do trecho sul do Rodoanel e do Sistema Viário Metropolitano de São Paulo, entre 2004 e 2015. 
Segundo o MPF (Ministério Público Federal) narra na nova denúncia, o ex-diretor transferiu o dinheiro de uma conta na Suíça para outra em Hong Kong, por meio de offshores e com o apoio do doleiro Wu-Yu Sheng e do operador financeiro Rodrigo Tacla Duran. 
Para finalmente ter acesso a quantia no Brasil, Duran teria realizado quatro entregas do valor equivalente em reais -somando R$ 1.380 milhão – a Preto, entre maio em junho de 2016. De acordo com a denúncia, entre as provas do crime estão registro do celular do ex-diretor, em que constaria “Grude – OK Rui Rei”, sendo “Rui Rei” um dos codinomes utilizados por Duran. 

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