terça-feira, 1 julho 2025

Mainardi diz que Prevent tentou ocultar morte de seu pai

Jornalista ainda afirma que a médica Nise Yamaguchi esteve envolvida em mentiras sobre a morte de seu pai

Dossiê | O jornalista Diogo Mainardi acusa Prevent Senior (Foto: Divulgação)

O jornalista Diogo Mainardi afirmou em sua coluna na revista Crusoé, na sexta-feira (24), que a Prevent Senior tentou ocultar a causa da morte de seu pai, o publicitário, jornalista e escritor Enio Mainardi, em agosto de 2020. Ao falar de seu pai, Mainardi cita os casos de Anthony Wong e Regina Hang. “Assim como meu pai, eles morreram de Covid. Assim como meu pai, eles estavam internados no hospital Sancta Maggiore. Assim como meu pai, houve a tentativa de ocultar a causa de suas mortes.”

De acordo com um dossiê de posse da CPI da Covid, prontuários médicos de pacientes eram alterados para omitir informações sobre a doença. No caso do médico negacionista Anthony Wong, a própria Prevent Senior encaminhou seu prontuário para o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, que mostra que o médico morreu de Covid-19, ao contrário do divulgado anteriormente.

No caso da mãe do empresário bolsonarista Luciano Hang, o prontuário mostra que Regina Hang recebeu os medicamentos do kit Covid, contrariando vídeo de seu filho, que afirmou que ela poderia ter sido salva se tivesse recebido o chamado tratamento precoce. O documento não diz que ela morreu em consequência da Covid.

Mainardi também afirma que a médica Nise Yamaguchi esteve envolvida em mentiras sobre a morte de seu pai. “Quando anunciei sua morte, os bolsonaristas abarrotaram as redes sociais com mentiras, negando que ele houvesse morrido de Covid. Nise Yamaguchi, a principal animadora do gabinete paralelo do Ministério da Saúde, encarregou-se pessoalmente de espalhar falsidades sobre ele em grupos de WhatsApp.”

DEPOIMENTOS
A CPI da Covid ouve nesta semana a advogada Bruna Morato, representante dos médicos da Prevent Senior que realizaram denúncias contra a empresa, além do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan e apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

As falas devem servir para aprofundar apurações sobre supostas irregularidades em unidades da operadora e possível elo entre o governo federal e entes privados para promover tratamento sem eficácia para Covid-19. O primeiro depoimento será o da advogada, nesta terça-feira (28). Um dossiê entregue à CPI por 15 médicos que trabalharam na Prevent, representados pela defensora, aponta que pacientes e parentes não eram consultados sobre a administração de medicamentos do chamado “kit Covid”. 

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