quinta-feira, 25 abril 2024

Mario Frias contratou empresa sem funcionários nem sede por R$ 3,6 milhões

A Construtora Imperial Eireli, da Paraíba, foi escolhida para prestar serviços de conservação e manutenção do CTAv (Centro Técnico Audiovisual), no Rio de Janeiro 

O caso foi revelado pelo jornal O Globo, e a contratação sem licitação foi confirmada pela reportagem (Foto: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo)

A Secretaria Especial de Cultura, comandada por Mario Frias, contratou sem licitação, por R$ 3,6 milhões, uma empresa sem funcionários ou sede física. A Construtora Imperial Eireli, da Paraíba, foi escolhida para prestar serviços de conservação e manutenção do CTAv (Centro Técnico Audiovisual), no Rio de Janeiro.

O caso foi revelado pelo jornal O Globo, e a contratação sem licitação foi confirmada pela reportagem. De acordo com o jornal carioca, a empresa é propriedade de Danielle Nunes de Araújo, que, em 2020, se inscreveu no auxílio emergencial e recebeu o benefício por oito meses.

A sede da empresa seria uma caixa postal em um escritório virtual a 2.400 km do Rio de Janeiro. À reportagem do Globo, Araújo disse que faz reuniões no local, mas o dono da propriedade diz que não se lembra dela ou de qualquer outro funcionário da empresa.

De acordo com a base de dados do Ministério da Economia, que é atualizada anualmente, a Construtora Imperial não possui nenhum funcionário registrado.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Especial de Cultura, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

O CTAv é um órgão federal, fundado em 1985. A sede, na zona norte do Rio de Janeiro, reúne títulos, fotos e documentos da história do cinema nacional. 

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