sexta-feira, 22 novembro 2024

Maurício Sherman, ex-diretor da Globo, morre aos 88 anos

Maurício Sherman, ex-diretor da Globo e um dos criadores de Fantástico, morreu na manhã desta quinta (17), aos 88 anos, em sua casa no Rio de Janeiro. A causa da morte não foi divulgada. Antes da emissora, em 1949, ele passou pela Rádio Guanabara, a convite do ator Paulo Renato, diretor da emissora, onde trabalhou ao lado de Chico Anysio, Fernanda Montenegro, Fernando Torres e Elizeth Cardoso.

Ele também atuou em palcos e na televisão. Em 1951, participou da peça “Massacre”, de Emmanoel Roblès, da Companhia de Graça Mello. Após três anos, já na TV Tupi do Rio, ainda atuou no “Sítio do Picapau Amarelo”. Sherman começou a trabalhar na Globo em 1965, na direção de “Espetáculo Tonelux”, programa musical apresentado por Marília Pêra, Gracindo Jr., Riva Blanche e Paulo Araújo.

Sempre nos bastidores, ainda passou por programas como “Zorra Total” e “Faça Humor, Não Faça Guerra”. Shermann participou da equipe de criação do Fantástico, em 1973, e foi um dos diretores do programa por três anos. Em 1983, começou a dirigir a programação da recém-inaugurada TV Manchete, onde descobriu e lançou as carreiras das apresentadoras Xuxa e Angélica nos programas infantis.

Após cinco anos, em 1988, o diretor voltou à emissora carioca como diretor-executivo da Central Globo de Produção. Nos anos seguintes ele ainda foi diretor de “Domingão do Faustão”, supervisor do “Video Show” e esteve à frente de “Os Trapalhões”. Shermann se aposentou em 2017. “Suas várias passagens pela TV Globo foram contribuições inestimáveis graças ao seu talento e à dedicação com que executava cada trabalho”, disse a emissora em um comunicado.

Artistas lamentaram a morte do diretor. “Poxa, Maurício, além de um tremendo pioneiro, era uma dulcíssima pessoa”, escreveu o músico Lobão em seu Twitter. O humorista Paulinho Serra também se manifestou: “Lá se foi Maurício Sherman. Descanse em paz, não trabalhei com ele mas sempre tive muito respeito”. Sherman nasceu no dia 21 de janeiro de 1931, em Niterói, filho de um casal de judeus poloneses. Ele deixa um filho, Alexandre Shermann.

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