sexta-feira, 19 abril 2024

Meio milhão de pessoas não aparece para tomar segunda dose de vacina contra Covid em SP

Dados do governo do estado de São Paulo mostram um crescimento de 25% no número de pessoas que deixaram de tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19 nos últimos 19 dias. Contabilidade feita no dia 8 de maio indicava que 400.958 não apareceram para tomar a dose de reforço, número que agora chega a 501,6 mil pessoas.

Especialistas advertem que a imunização completa só é adquirida após a conclusão do ciclo vacinal, que inclui a dose de reforço.

Dos 501,6 mil faltosos, 212.403 pessoas tomaram a primeira dose com o imunizante da Oxford/Astrazeneca (Fiocruz), e outros 289.290, do Butantan (Coronavac).

Segundo balanço do governo estadual, até às 17h desta quinta foram aplicado um total de 16.621.514 doses de vacinas contra a Covid-19 em moradores dos 645 municípios paulistas, sendo 11.036.779 com a primeira dose, e 5.584.762 com a segunda.

As 501,6 mil pessoas que não apareceram correspondem a 4,5% do total daqueles que tomaram a primeira dose.

Uma das preocupações das autoridades de saúde do estado é que a faixa entre 80 anos e 89 anos responde por 80% daqueles que não tomaram a dose de reforço do imunizante da Astrazeneca. Dos 212.403 que não tomaram a vacina da Fiocruz, 169.922 são pessoas nesta faixa etária. Os demais são profissionais de saúde.

“É assombroso”, afirma a médica Mônica Levi, diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), ao ser informada sobre o número de faltosos.

Nesta sexta-feira (28), começa a vacinação de novos grupos prioritários em todo o estado. Pessoas com mais de 40 anos com comorbidades ou deficiências permanentes, estudantes que estão no último ano de cursos de saúde e funcionários da área da saúde com mais de 18 anos poderão receber a primeira dose do imunizante. Trabalhadores do transporte aéreo que atuam nos aeroportos de Congonhas, de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), e de Viracopos, em Campinas (93 quilômetros de São Paulo), também serão imunizados.

Em nota, o governo estadual afirma que envia as doses com base nas estatísticas populacionais previstas pelo Ministério da Saúde para cada faixa etária ou público específico.

A quantidade de doses encaminhadas aos municípios para primeira e segunda dose são idênticas, feitas em duas entregas diferentes, ainda segundo o estado.

Os imunizantes são encaminhados conforme cronograma do PEI (Programa Estadual de Imunizações), com as orientações técnicas para uso. O intervalo de tempo de aplicação entre doses é de até 28 dias para a vacina do Butantan e de até 12 semanas para a da Fiocruz.

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