sexta-feira, 22 novembro 2024

Mercado derruba projeção do PIB deste ano para menos de 1%

O mercado voltou a cortar a expectativa de crescimento da economia do Brasil neste ano, segundo a pesquisa Focus, divulgada pelo BC (Banco Central) nesta segunda-feira (17). O levantamento feito semanalmente mostra que a estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2019 foi para 0,93%, ante a projeção de 1% da última publicação. Em 2017 e 2018, a economia brasileira avançou 1,1%. 

A pesquisa desta semana também indicou que a Selic (taxa básica de juros) deve terminar este ano em 5,75%, enquanto, na semana passada, a projeção era de 6,5%. A discussão do corte dos juros para tirar o país da estagnação ganhou força com a divulgação do resultado do primeiro trimestre, em que houve recuo de 0,2%. Nesta quarta-feira (19), o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC deve decidir se mantém ou se altera a Selic, atualmente em 6,5%. 

Embora a projeção desta segunda-feira para a economia brasileira fique abaixo de 1%, na primeira pesquisa do ano, em 7 de janeiro, a expectativa era que o desempenho em 2019 fosse de 2,53%. Na semana seguinte, ocorreu o único crescimento do ano, quando a previsão subiu para 2,57%. Desde então, o mercado passou a cortar a projeção. Os números desta semana indicam o 16º corte consecutivo. 

Nesta semana, houve também corte para a projeção de crescimento em 2020. Na publicação anterior, a expectativa era de uma alta de 2,23%, agora, de 2,20%. Já o IPCA, índice que mede a inflação, deve fechar no fim do ano em 3,84% no acumulado de 12 meses. Há uma semana, o projetado era de 3,89%. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A cotação do dólar para o fim do ano permanece inalterada em R$ 3,80. 

Na semana passada, outro índice do Banco Central mostrou que a atividade econômica do Brasil iniciou o segundo trimestre com recuo em abril. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) caiu 0,47% no quarto mês do ano na comparação com março. 

O dado de abril ainda frustrou a expectativa de avanço de 0,20% em pesquisa da Reuters. Os analistas consultados pela Bloomberg previam queda, de 0,20%. 

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