ROGÉRIO PAGNAN | FOLHAPRESS
O Ministério Público de São Paulo ingressou na semana passada com pedidos de remoção de 15 integrantes do PCC para presídios federais, entre eles o principal chefe da facção criminosa, Marco Camacho, o Marcola.
O pedido está sendo analisado pelo juiz Paulo Sorci, da 5ª Vara de Execuções Criminais de São Paulo, que deve consultar nesta semana o governo paulista para que se manifeste sobre o assunto -se é contra ou a favor.
Sorci é o mesmo magistrado que determinou no mês passado a transferência ao sistema penitenciário federal de seis integrantes do PCC, incluindo dois deles do primeiro escalão: Cláudio Barbará da Silva, o Barbará, e Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden.
Ambos são suspeitos de comandar crimes de dentro da prisão, conforme investigação da Polícia Civil e Promotoria. Já o pedido de transferência de Marcola e de outros 14 presos é motivado pelo plano de resgate de chefes do PCC da penitenciária estadual de Presidente Venceslau (interior de SP), descoberto pela inteligência da administração penitenciária em outubro.
Se for concedida, a ordem judicial é encaminhada ao governo federal para que providencie vagas em uma das cinco penitenciárias federais (Porto Velho/RO, Mossoró/RN, Campo Grande/MS, Catanduvas/PR e Brasília/DF).
A reportagem apurou que integrantes do governo Michel Temer (MDB) já manifestaram apoio ao governo de SP para a remoção, incluindo aeronaves e esquema especial de segurança.