O sistema Cantareira deve terminar julho com só 2,5% (20 vezes menos) da média histórica de chuva para o período (48,7 mm) e a preocupação de que a seca atinja o reservatório é grande entre moradores e comerciantes das margens.
O aposentado Marcos da Silva Pinto, 63, vive ao lado da represa Jaguari-Jacareí, a maior do sistema, em Bragança Paulista, onde tem um loteamento. Ele conta que já são três meses sem chuva significativa, o que fez morrer até as mudas de árvores que havia plantado no local.
O que mais o assusta é que o reservatório chegou com nível abaixo do que era esperado para o início do inverno. “É preocupante. Acho que vamos chegar de novo no volume morto. Faltou controlar mais a distribuição, quando choveu.”
Na represa de Atibainha, em Nazaré Paulista, a apreensão também é grande. Em um ano, o sistema perdeu água suficiente para abastecer a Grande SP por um mês e meio -23,3% da capacidade desde julho de 2017, de 628 bilhões para 399 bilhões de litros.
Para piorar, as previsões da meteorologia para a primavera não animam.