quinta-feira, 25 abril 2024

Onyx nega ‘improviso’, mas não elenca prioridades do governo

O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, negou que o governo de transição de Jair Bolsonaro seja marcado pelo improviso, mas foi incapaz de elencar prioridades da nova gestão e exemplificar quais as ações de Michel Temer que o presidente eleito pretende revisar em seus cem primeiros dias à frente do Planalto.

Dois meses após o segundo turno, um documento foi entregue aos novos ministros ontem para servir como diretriz da máquina pública a partir de janeiro. Entre os itens, o novo governo determina a realização de uma espécie de pente-fino dos últimos atos da gestão Temer e classifica os órgãos de governança como “disfuncionais”.

“Esse material que está aqui tem por objetivo ser um guia para o governo que está se instalando e uma resposta a todos aqueles que falavam que aqui a gente faz coisas de improviso. Ninguém trabalhou com improviso, nós trabalhamos com pesquisa de maneira silenciosa”, afirmou Onyx a jornalistas após a divulgação do documento.

“Teremos uma série de ações que serão noticiadas após a posse. Vamos ter controles a cada 10, 30, 45, 60 e 90 dias, de tal forma que todos aqueles compromissos que o governo vai assumir serão entregues à sociedade brasileira das mais variadas formas”, completou.

100 DIAS
Fazer um balanço do governo federal após 100 dias é uma tradição da política americana, cujo alinhamento é ecoado por Bolsonaro e seus principais auxiliares.

Nas 84 páginas do texto -coordenado pela equipe do futuro chefe da Casa Civil-, o presidente eleito se propõe a “reavaliar os atos normativos legais ou infralegais publicados nos últimos 60 (sessenta) dias do mandato anterior”. Questionado sobre quais atos seriam esses, porém, Onyx disse que os assuntos ainda estão sendo estudados e que o foco é acabar com o “burocracia que inferniza a vida” das pessoas.

Entre as medidas previstas estão “encaminhar proposta de possíveis decretos e leis que devam ser revogados”, “reformular, quando necessário, o planejamento estratégico do órgão” e “verificar sobreposições ou lacunas em função da (nova) estrutura e das competências do órgão”.

Esta é a primeira vez que o governo eleito divulga um documento com metas e cronogramas, estabelecendo reuniões semanais -às terças-feiras- para acompanhar os resultados. Nada objetivo, no entanto, foi detalhado por Onyx ou na cartilha, que conta com explicações muito básicas sobre o funcionamento do governo, inclusive com o roteiro da posse presidencial.

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