Dado inédito de estudo realizado pela CNI também mostra que a população está cada vez mais adotando hábitos como a reciclagem e a redução de desperdícios
Os dados da pesquisa da CNI ainda revelam que 69% dos brasileiros costumam separar materiais para reciclagem. A parcela que adota essa prática em 2022 é maior que em pesquisas anteriores. Em 2019, por exemplo, 55% dos entrevistados destinavam materiais para reciclagem. Na edição de 2013, essa parcela era de 52%.
Quando, no entanto, são perguntados sobre qual a percepção em relação às pessoas que residem, os números foram diferentes. Para os entrevistados, apenas 32% da população de seu estado adotam hábitos ambientalmente sustentáveis, sendo que apenas 7% adotariam esse hábito sempre, na visão deles.
Para a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg, tanto a sociedade, quanto os produtores e as indústrias estão cada vez mais comprometidos em prol de um futuro melhor.
“É um caminho sem volta. Tanto a indústria, quanto os produtores e a sociedade, vão cada vez mais exigir que os produtos sejam sustentáveis, que tenhamos menor emissão de gás estufa e que o país e o globo como um todo, tenham um futuro mais ambientalmente sustentável”, observa a gestora, que participou da Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas, a COP 27. “A indústria está realmente empenhada nessa indústria de baixo carbono”, completa.
O chefe da Seção de Meio Ambiente das Centrais de Abastecimento do Distrito Federal, a Ceasa-DF, Renato Lino explica que esse comportamento da sociedade em relação ao consumo consciente já acontece há algum tempo. Uma mudança perceptível que constata no dia a dia dos produtores e consumidores da Ceasa-DF.
“A questão da sustentabilidade dá também uma maior visibilidade ao produto. Os clientes estão cada vez mais preocupados com essa questão ambiental, onde foi produzido, em que tipo de terra foi cultivada, quais os produtores foram utilizados naquela produção, inclusive até a maneira de transporte, como esse alimento chega na cidade”, explica. “Quem está no mercado ambiental, trabalhando com o meio ambiente há alguns anos vê nitidamente essa mudança comportamental do consumidor brasileiro, ainda incipiente, 69% é um índice alto, mas a gente pode chegar a 100%, pelo menos a meta é essa”, defende.
Ao todo, foram entrevistadas na pesquisa 2.019 pessoas com idade a partir de 16 anos, nas 27 unidades da Federação. As entrevistas foram realizadas entre 8 e 12 de outubro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.